08
de março de 2014 | N° 17726
ARTIGOS
- Newton Fabrício*
Mulheres
Elas
nos trouxeram ao mundo.
Elas
nos deram carinho, amor e proteção – e, talvez, tenham nos livrado de alguma
merecida palmada, nos tempos de piá.
Nos
deram conselhos, exemplos e nos ensinaram a estudar.
Mas
nós crescemos – e as deixamos meio de lado.
E
vieram outras.
As
que aquecem a nossa cama, a nossa alma, a nossa vida.
As
que nos deram filhos.
As
que nos amam e nos perdoam (e que, às vezes, também nos atazanam: quando
dirigimos, por exemplo. Mas tudo bem: afinal, se elas querem um mundo sempre em
ordem, como poderiam se manter em paz no caos do trânsito?).
As
que abrandam os nossos rústicos sentimentos e incendeiam as nossas paixões.
As
que um dia nós fizemos chorar.
As
que, com uma única lágrima, torturaram o nosso coração e a nossa alma de puro
remorso e arrependimento.
As
que nos fazem, enfim, felizes e plenos de vida.
Mas
outras virão, ainda.
As
que um dia nos darão netos e bisnetos, na vida que se renova, porque assim é e
será.
E
todas elas, que nos acompanham na trajetória da vida, um dia chorarão quando,
bem velhinhos, partirmos para outra caminhada.
E
vão rezar por nós.
Como
a primeira da nossa vida nos ensinou a orar e a acreditar que existe um Deus.
A
todas elas, o nosso respeito, o nosso reconhecimento, a nossa (e)terna gratidão
por nos ensinar a amar – com um grande e forte abraço e com o afetuoso
agradecimento que todas merecem.
*DESEMBARGADOR
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