20
de março de 2014 | N° 17738
PAULO
SANT’ANA
Sobre as minhas
coisas
Ressurgiu
ontem na Argentina a velha flama tricolor. Já na prorrogação, o Grêmio
conseguiu um gol milagroso. Tanto mais milagroso porque Barcos não jogou nada,
no entanto foi dele o passe para o gol salvador do empate.
O
grupo do Grêmio é tão triplamente parelho, que mesmo com liderança destacada o
Grêmio não garantiu ainda a classificação.
Vem
mais sofrimento por aí: temos de ir à Colômbia jogar contra um adversário que
busca também honestamente a classificação.
Deus
guarde o Grêmio!
Minha
saúde anda tão intrincada, que ontem pela manhã senti uma aliviadora e
reconfortante sensação de fraqueza.
Era
uma mulher tão bela, que não seria muito mais formosa se fosse mais moça.
Há até
casos de pessoas que, à medida que o tempo passa, vão ficando mais bonitas como
os frutos nas árvores.
Sou
um pessimista nato. E até penso que se trata de uma mera estratégia minha,
sendo assim, quando dá certo uma coisa comigo, sinto-me muito mais feliz do que
as pessoas otimistas, afinal eu esperava pelo pior e dei de cara com o melhor.
Já
com o otimista imagino que se dê o contrário, quando lhe acontece uma coisa
gravemente errada, por ter previsto que daria certo, tem sensação demolidora.
Se
os olhos são as janelas da alma, meus olhos estão empenados e além de tudo
embaçados.
Tudo
que a vida não pode ser é monótona. Pode até ser desagradável, desde que não
seja repetitiva.
Uma
vida boa, cheia de alegrias, se se repetir muito, acaba cansando.
O melhor
é a vida variada de bons e maus instantes, melhor até do que aquela em que os
bons momentos são insistentes ou majoritários.
Tristeza
às vezes pode ser sentimento delicioso.
Assim
como há inveja boa, há tristeza boa.
Sobre
as sandálias femininas de tiras que deixam mostrar os pés. Impossível que os
pés e as sandálias sejam bonitos. Quando o pé é bonito, fica-se desconfiando de
que foi ele que embelezou a sandália.
E,
quando a sandália é bonita, pode por isso mesmo desvalorizar um pouco a beleza
do pé.
Há
pessoas que são ocupantes de cargo de confiança no governo que não são petistas
ou só se tornaram petistas porque foram indicadas para ocupar esses cargos.
E
até é possível que nunca se tornem petistas muitos dos que ocupam esses cargos.
E
também é possível que muitos foram escolhidos para esses cargos exatamente por
não serem petistas, principalmente cargos de índole técnica.
É
uma floresta de cargos.
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