31
de março de 2014 | N° 17749
PAULO
SANT’ANA
Vitória
merecida
Merecidíssima
vitória do Internacional. Em primeiro lugar, porque o time gremista acadelou-se
completamente no segundo tempo.
E,
em segundo lugar, porque assistimos ontem a uma grande decepção pelo lado do
Grêmio: o treinador Enderson Moreira saiu do jogo como um dos grandes
responsáveis pela debacle do segundo tempo, assistiu como uma múmia ao
Internacional dominar toda a etapa final sem mover uma palha durante quase meia
hora.
Ora,
isso depõe contra qualquer treinador.
A
tragédia gremista foi pior do que se nota: no segundo Gre-Nal, que será daqui a
dias, se o Grêmio vencer o jogo no Beira-Rio ou nos cafundós do judas, que
ninguém sabe onde vai ser, incrivelmente, repito, se o Grêmio ganhar por 1 a 0 o segundo Gre-Nal, o Inter será
declarado campeão pelo regulamento vigorante.
Tanto
depõe severamente contra o treinador do Grêmio ontem a derrota ultrajante (foi
uma virada colorada dentro da Arena), que Abel Braga mudou seu time
completamente, tanto tática quanto animicamente, no segundo tempo, sem nenhuma
atitude ou instrução do treinador gremista.
Sem
dúvida, Enderson Moreira saiu ontem da Arena mais derrotado do que o próprio
Grêmio. O técnico tricolor foi decepcionante.
A má
atuação do técnico gremista ontem joga dúvidas até sobre a classificação do
Grêmio em seu grupo na Libertadores.
Aparentemente,
é uma barbada para o Grêmio classificar-se. Mas com este treinador gremista
tudo pode acontecer.
A
administração do futebol gaúcho terá de mudar num ponto. É deplorável que ontem
tenha havido cerca de 20 mil lugares vagos na Arena, quando esse vazio podia
ser preenchido num piscar de olhos se fosse permitido à torcida colorada
preencher essa lamentável lacuna.
Os
dirigentes estão perdendo dinheiro, e o pior: os torcedores estão sendo
proibidos de ver os jogos por uma absurda decisão dos dirigentes, que se
submetem a uma cifra de torcedores visitantes que é imposta arbitrariamente
pela Brigada Militar.
Ora,
se a Brigada Militar acha que não podem duas torcidas numerosas frequentar o
mesmo jogo, em face de que alega a força pública problemas de enfrentamento
entre as duas massas, esse não é um problema da BM: os dirigentes têm de abrir
os estádios mesmo para duas torcidas grandes e a Brigada tem o dever de
administrar essa realidade.
É um
absurdo que se negue presença maciça de torcedores num jogo porque a Brigada
não aconselha isso.
Isso
é matar o futebol.
E
não podem os dirigentes matar o futebol por causa das idiossincrasias do
policiamento.
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