sexta-feira, 21 de março de 2014


21 de março de 2014 | N° 17739
PAULO SANT’ANA

Grupo Hospitalar Conceição

Recebo do diretor-superintendente do Grupo Hospitalar Conceição uma resposta sobre a questão das mortes hospitalares ocorridas nos recintos daquele grupo e divulgadas nesta coluna.

“Caro Paulo Sant’Ana, em relação à coluna desta quarta-feira, 19/3, intitulada ‘Mortes hospitalares’, a diretoria do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), reconhecendo a importância deste espaço, esclarece:

A denúncia reiterada de que o crescimento da infecção hospitalar no Hospital Conceição está relacionada aos processos de higienização não é verdadeira. Tanto que, após rigorosa fiscalização, a Controladoria-Geral da União (CGU) produziu um robusto documento, que contou com mais de 16 mil páginas, no qual não é identificada qualquer relação entre os serviços de higienização contratados e eventual aumento ou redução da proliferação de bactérias.

Analisando as taxas de infecção hospitalar do Hospital Conceição a partir de 2004, observamos que ocorreram picos circunstanciais de elevação das taxas, mas uma tendência linear de redução. Entretanto, ao compararmos com as taxas encontradas no Hospital Criança Conceição, no mesmo período, cuja higienização é executada pela mesma empresa, observamos que as taxas reduziram-se significativamente, demonstrando que não é possível estabelecer relação de casualidade entre a terceirização da higienização e as taxas de infecção hospitalar.

A insistência em reproduzir afirmações não comprovadas por dados e, tampouco, sustentadas na literatura, apenas servem para gerar um ambiente de insegurança às centenas de milhares de pessoas que dependem dos serviços de saúde prestados pelo GHC (100% SUS) e de desconforto aos milhares de trabalhadores que atuam diuturnamente para prestar serviços de qualidade à população.

O referido relatório, no entanto, faz apontamentos relevantes para a permanente melhoria dos sistemas de gestão e controle nos inúmeros serviços que prestamos. Todos esses apontamentos serão rigorosamente apurados, conforme plano de ações acordado com a CGU, tanto na qualificação de processos quanto na abertura de sindicâncias, como sempre é feito nestes casos. Quanto ao cálculo preliminar realizado pela CGU, que sugere prejuízo potencial de cerca de R$ 8 milhões, nos foi recomendado apurar junto à empresa, em devido processo, a correção ou não desse valor. Se ficar demonstrado qualquer tipo de prejuízo, a diretoria buscará de todas as formas legais a sua recuperação.

Por último, caro Sant’Ana, a diretoria do GHC reafirma seu compromisso de proporcionar serviços de qualidade, em comum acordo com os demais entes federados, especialmente com seus mais de 8,6 mil trabalhadores, que não medem esforços para salvar vidas.”


(Esta nota foi assinada pelo diretor-superintendente do GHC e sua diretoria.)

Nenhum comentário: