18
de março de 2014 | N° 17736
PAULO
SANT’ANA
Mistério insondável
Sem
dúvida, estamos diante de um mistério impenetrável: o desaparecimento incrível
do Boeing 777-200 há 10 dias, no voo que ia de Kuala Lumpur, na Malásia, até Pequim.
De
início, as autoridades acreditavam que o avião tivesse caído no mar e
desaparecido. Só que, vasculhados os mares ao redor do trajeto, não foram
encontrados sequer mínimos destroços em qualquer lugar.
E o
mistério foi recrudescendo a cada dia que passava, culminando até anteontem nas
suspeitas de que o piloto e o copiloto da aeronave talvez estejam envolvidos no
desparecimento.
O
mundo está intrigado. Diz-se vagamente, com algum embasamento, que se trata do
maior mistério em toda a história da aviação.
E
também se afirma taxativamente que nunca um avião de tal porte e capacidade
desapareceu para sempre, sem qualquer vestígio.
Este
é o primeiro.
As
suspeitas voam contra todos os lados. Existe até a suposição de que esse avião
tenha sido desviado para um lugar da Terra de onde passaria a ser utilizado, no
retorno aos ares, por alguma importante organização terrorista.
Isso
tudo sob o pesar e o nervosismo dos familiares das centenas de desaparecidos,
entre passageiros e tripulantes, que pressionam lancinantemente a companhia aérea
e o governo da Malásia a prestar esclarecimentos sobre o episódio.
Nas últimas
investigações, ficaram sabendo que o piloto era partidário da oposição na Malásia,
o que de alguma forma levou as autoridades a desconfiar de que o fato tenha se
dado por questão política local.
Mas
até onde a partidarização de um piloto pode ter levado a essa catástrofe ninguém
pode imaginar.
O
ministro dos Transportes da Malásia declarou no domingo que operações de busca
já vinham sendo realizadas por 14 a
25 países, o que representa novos desafios de coordenação e diplomacia. E disse
que a área de busca foi expandida significativamente. “Do foco em águas rasas,
agora estamos olhando para grandes extensões de terra, atravessando 11 países,
bem como oceanos profundos e remotos”, asseverou o ministro.
Acessos
a registros de satélites e dados militares sensíveis de países como Estados
Unidos, China e França já foram feitos, além de consultas a serviços secretos e
serviços de inteligência de muitos países já terem sido utilizadas.
E
nada do avião. E nada do avião. Daqui a pouco, já vai para uma quinzena
decorrida e... nada do avião.
Quem
aposta no que aconteceu? Tudo porque todos os transmissores de rádio e
taquigrafia do avião foram desligados logo após a decolagem. Alguém os desligou.
É verdade,
só agora percebo, ao deparar e estudar este caso, que é quase certo que se
trata do maior mistério da história da aviação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário