terça-feira, 13 de novembro de 2012



13 de novembro de 2012 | N° 17252
CLÁUDIO MORENO

Será que ouvi direito?

12 – Ah, bom! – Poucos poetas tiveram uma vida amorosa tão rica e atribulada quanto o famoso Lord Byron, considerado a figura mais importante do Romantismo europeu. Seu comportamento escandaloso sempre atraiu a curiosidade do público, até o dia 19 de abril de 1824, quando deixou este mundo levado por uma febre daninha (tinha apenas 36 anos).

Suas conquistas não conheciam limite, percorrendo a escala completa de práticas, estilos e preferências sexuais. Seus biógrafos relacionam inúmeras ligações com seus amigos, com primos e primas distantes, com mulheres casadas e mesmo com sua meia-irmã, Augusta Leigh, com quem teria tido uma filha. Anos mais tarde, quando interrogado, um de seus genros, o Conde Lovelace, declarou britanicamente que “A vida de Lord Byron não tem nada de interessante – exceto, é claro, aquilo que não deve ser contado”.

13 – Enfim, a civilização – Em 1910, um conhecido autor de guias de viagem inglês narrou o mau bocado que passou numa de suas viagens pela região montanhosa dos Bálcãs: tendo parado para tirar algumas pedras que tinham entrado em suas botas, terminou perdendo de vista o grupo com que viajava e viu-se completamente perdido, no meio do nada.

 “Depois de caminhar por onze horas sem encontrar o mínimo vestígio de seres humanos, qual não foi a minha alegria e o meu imenso alívio ao ver, numa árvore, o corpo de um enforcado balançando na ponta de uma corda, pois isso me trouxe a certeza absoluta de que tinha chegado de novo a uma região civilizada”.

14 – O alegre saber – Na Alemanha medieval, o imperador Conrado III sempre fez questão de ter à mesa vários doutores em letras e filosofia, acompanhando, fascinado, as inevitáveis discussões que se travavam entre eles.

Certa feita, quando conversavam sobre falsos silogismos, um dos doutores resolveu dar um exemplo ao imperador: “Vossa Majestade tem um olho?”. “Sim, certamente”, respondeu. “E Vossa Majestade tem dois olhos?”. “Sim, sem dúvida”.

“Ora, dois mais um são três: Vossa Majestade tem, portanto, três olhos”. Confuso e preocupado, Conrado repetia, com veemência, que ele só tinha dois, e não três, até que, finalmente, o convidado lhe explicou, com detalhe, o artifício daquele falso raciocínio. Aliviado, o imperador – assim registram as testemunhas – confessou então que achava muito agradável “essa vida que vocês, os doutos e letrados, costumam levar”.

Nenhum comentário: