Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
terça-feira, 8 de abril de 2008
NOVAS DESCOBERTAS CIENTÍFICAS
Nunca escondi: eu sou do contra. Alguém tinha percebido? Adoro tudo o que vem na contramão das certezas do momento, especialmente as dos afetados. Que posso fazer? Sou reativo e implicante.
Vibrei quando uma pesquisa recente afirmou que os adoçantes e outros produtos ditos não-calóricos engordam mais do que os seus inimigos combatidos. Dá uma sensação agradável imaginar – pois nunca se sabe se é realmente verdade – que o rebanho se enganou.
Fiquei entusiasmado com a descoberta 'científica' que declarou serem os tênis vagabundos menos prejudiciais à saúde que os tênis de marca, antiimpacto e outras bizarrices da moda. Já tem tênis simulando o contato direto do pé com o solo, pois colocar o pé diretamente no solo passou a ser considerado perigoso e nocivo. Sinceramente, nunca vi tanta asneira vendável.
Eu nada sei. Salvo aquilo que sei apesar de não contar vantagem. Mas desconfio que a humanidade está cada vez mais boba. Já tem até profissional para ensinar a administrar os gastos da casa de cada um, algo que se resume a saber quanto se ganha e quanto se tem de despesa.
Fico arrepiado quando alguém me diz, por exemplo, que carne vermelha faz mal. Tenho vontade de perguntar na lata: em que quantidade? Faz mal para a vaquinha que morre. Deve ser isso. Estou convencido de que até água em excesso faz mal. É por isso que procuro alternar água e vinho.
Não posso conceber que um bife a cada dois meses possa fazer mal algum. Salvo se for de vaca louca. O que faz mal mesmo é seguir toda essa conversa fiada de especialistas da vida cotidiana.
Tudo isso para dizer que achei o máximo a tal pesquisa sobre os efeitos cancerígenos do incenso.
Uma varetinha daquelas equivaleria a três cigarros, liberando até formol. Que beleza? Eu nunca suportei mesmo aquele cheiro enjoativo e repugnante de incenso. Nem aquele jeito beato de quem acende incenso como se estivesse realizando uma atividade superior e metafísica.
Tive um amigo que ao acender incenso olhava para os demais, nós, como se fôssemos seres primitivos, o que era verdade, embora o incenso não o tornasse superior em nada. Os chamados melhores incensos me dão vontade de vomitar.
Agora, vejam bem, o pessoal empestando o ambiente com aquele troço para purificar o ar e a coisa sendo tão nociva quanto o malfadado cigarro. Essa foi no contrapé da galera. Claro que dia desses vem outra pesquisa e desmente tudo. Não duvido que o cigarro ainda venha a ser reabilitado, passando a água mineral da fonte a ser vilã.
Tem clichês que resistem ao tempo. É como o da astrologia. Tem sempre aquele adepto que torce o nariz para a astrologia de jornal, considerando apenas a sua verdadeira, legítima e 'científica'. Artista, então, adora esse tipo de sensibilidade diferente.
Felizmente, graças à tal pesquisa citada antes, posso agora me defender dos fanáticos por incenso. Faz mal à saúde. Parece que pesquisadores americanos estão perto de uma extraordinária descoberta: respirar faz mal à saúde. Ainda mais em grandes cidades, como São Paulo.
Outra hipótese norte-americana pretende algo ainda mais radical e assustador: viver faz mal à saúde. Com o passar do tempo, morre-se. Nada de pânico.
Enquanto essas hipóteses não forem comprovadas, continuem respirando e vivendo. O ovo foi reabilitado. Há controvérsia quanto ao chocolate e ao café. Certezas, só esta: cigarro e incenso, não!
juremir@correiodopovo.com.br
Uma excelente terça-feira com temperaturas amenas por aqui.
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