segunda-feira, 28 de abril de 2008



28 de abril de 2008
N° 15585 - Kledir Ramil


A máquina de fazer amor

No futuro haverá uma máquina de fazer amor. Prática, higiênica, sem contra-indicações e você poderá programá-la à vontade, segundo seus desejos e fantasias.

A máquina de fazer amor não terá nenhum tipo de preconceito ou impedimento moral, o que poderá transformar o comportamento da humanidade, fazendo uma revolução de costumes e abrindo uma nova era de prazer sem limites. Uma loucura!

Haverá diferentes tipos de equipamentos. Alguns modelos trarão emuladores e você poderá viver experiências até então impensáveis, como fazer amor com Angelina Jolie, George Clooney ou Michael Jackson, dependendo do seu gosto pessoal. É claro, os artistas emulados receberão direitos autorais pelos serviços prestados.

Com uma máquina dessas, você poderá até mesmo pegar a mulher do seu chefe, sem perder o emprego. Ou o próprio chefe. Ou, sei lá, você vai poder pegar quem bem entender.

Agora, se aquela vizinha horrorosa do terceiro andar entrar no elevador com um sorriso nos lábios, pode ter certeza: ela abusou de você na noite anterior.

Se você for solteiro, não vai mais perder tempo com assédios, cantadas e outros enfadonhos rituais de acasalamento que gastam sua paciência e seu dinheiro. Não mais buquê de flores, não mais jantares em restaurantes caros, não mais papo furado e frases de efeito. Direto ao assunto.

Se você quer sexo, vai lá, liga a máquina e pronto. É o futuro. Infinitas variações em torno do mesmo tema. Sem culpa, sem medo, sem ter que dar satisfação pra ninguém. E tudo isso em várias prestações no cartão de crédito. Quando é que você podia imaginar uma coisa dessas?

O único problema é que nos seus momentos de maior privacidade, quando estiver conectado ao aparelho e entregue aos delírios da imaginação, estará perigosamente exposto ao risco de um vírus da internet.

E, sabe-se lá, até mesmo à invasão de algum hacker safado. Você sabe que está cada vez mais difícil controlar esses caras. Imagine no futuro.

Mas com tantas mudanças e evoluções, você também não será mais o mesmo. Pode ser até que tenha desenvolvido alguns hábitos exóticos e acabe gostando das travessuras do hacker.

Quem vai saber?

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