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segunda-feira, 28 de abril de 2008
CONTRA OS PRIVILÉGIOS DE NEGROS E ÍNDIOS
Parei para refletir. Fiquei matutando, ensimesmado e dubitativo. Sou um filósofo sem filosofia, um pensador sem pensamento.
Desde que o general Augusto Heleno, comandante militar da Amazônia, criticou a política indigenista do governo, fiquei com a pulga atrás da orelha. Fazia tempo que não se ouvia a voz dos quartéis.
Passei uma semana lendo e refletindo sobre o assunto. Finalmente, graças ao meu esforço de concentração, entendi a questão: trata-se de mais uma corajosa defesa dos brancos desfavorecidos contra as sucessivas tentativas de uns e outros, especialmente estrangeiros, de estabelecer privilégios raciais no Brasil.
Negros e índios, volta e meia, querem desbancar os brancos dos seus lugares conquistados por mérito com base em políticas ditas compensatórias de favorecimento racial.
Qualquer pessoa de bom senso vê prontamente que os índios não podem querer a propriedade de vastas terras, cheias de riqueza, tão bem ocupadas e exploradas por desbravadores de longa data.
A mensagem é clara: se os índios querem terra, que tratem de trabalhar para comprar. Nosso ministro da Defesa, o valoroso gaúcho Nélson Jobim, já assegurou no passado que as terras em discussão não são dos índios, mas da União, cabendo aos índios o usufruto vitalício.
Um argumento de Jobim, citado pelo colunista da Folha de S. Paulo Josias de Souza, que merece ser apoiado é este: 'Os europeus destruíram suas florestas e seus índios, agora querem discutir a nossa. [...] Não tivemos aqui nenhum Custer, não tivemos Little Bighorn...'.
Conclusão: devemos ter o mesmo direito dos europeus a destruir as nossas florestas e a saquear os nossos índios. A terra não pode ser deles só pela razão insignificante de que já estavam nela quando os portugueses descobriram este território em nome da civilização e da humanidade.
Precisamos ter senso de medida. O fato de que no passado os negros foram escravizados e os índios tiveram suas terras e riquezas pilhadas não pode servir de motivo para prejudicar brancos indefesos. Assim como em 1500 não era razoável deixar tanta terra sob controle de índios tão inaptos a explorá-la, o mesmo acontece hoje.
Que sabem esses índios de mineração, de grandes queimadas ou do valor da madeira nobre na Europa? Se negros e índios não souberam se defender, azar deles.
Agora, no auge dos direitos humanos, a igualdade de direitos não pode permitir qualquer dano aos brancos de hoje, pois isso significaria uma demonstração cabal e ignominiosa de racismo. É o que acontece, por exemplo, com as cotas para negros na universidade. O racismo contra os brancos está criando situações insustentáveis.
A única saída contra isso é a meritocracia sem história. Não se deve jamais questionar como alguém se tornou melhor. Muito menos que razões históricas levam os brancos brasileiros a ser 'melhores' do que negros e índios. Raça é um conceito cientificamente enterrado.
Resta a questão da cor. Mero detalhe. Até quando esses índios vão incomodar com anacronismos como cultura? Por que não tratam de se integrar, visto que antes de serem índios são homens e, como qualquer homem, devem adaptar-se ao mundo em que vivem?
Ainda bem que os direitos dos brancos começam, finalmente, a ser reconhecidos, defendidos e protegidos. Em contrário, daqui a pouco, chegaríamos ao absurdo de expulsar brancos produtivos de terras ricas para cedê-las a índios improdutivos.
juremir@correiodopovo.com.br
Ótima segunda-feira e uma excelente semana - Ainda mais com um feriadão a vista
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