sábado, 25 de julho de 2020



25 DE JULHO DE 2020
J.J. CAMARGO

AS PIORES FRASES

A estimulação dos leitores em busca das piores frases a serem ditas, na coluna da semana passada, rendeu. Mais do que imaginava. E não escolheu idade.

Um menino de 11 anos selecionou: "Você quer que eu conte para o seu pai?". E um vovozinho, lúcido e determinado, pediu para a cuidadora mandar, por e-mail, seu modelo de frase deprimente: "O senhor tem que aprender a chamar antes que aconteça!".

Passando por esse consolo, uma raridade absoluta: "Isso acontece, daqui a pouco a gente tenta de novo!". O falso confidente se revelando: "Vem cá. Senta aqui. Deixa te contar uma coisa".

Afora o desespero, qual a justificativa para esta pérola: "Não é nada disso do que você está pensando!". Por que toda a relação tem que terminar com esta explicação cretina, "o problema não é você, sou eu"?

"Não entenda como uma crítica a você, mas com todo o respeito..." 

O leitor que escolha a pior frase entre a pergunta "você acha que eu estou gorda?" e a resposta "um vestido liso, de cor escura, combinaria melhor com seu tom de pele!".

Da namorada, esposa ou amante: "Eu preciso de alguém ao meu lado, que me compreenda...".

Político em campanha, entra no velório de um desconhecido e abraça a viúva: "De que morreu meu amigo?". "De pneumonia..." "Simples ou dupla?" "Simples." "Ainda bem!"

"Não toco mais no assunto enquanto sua mãe estiver viva! Um dia desses a gente conversa..."

A sogra, na primeira visita do candidato a genro: "Você é muito namorador?". E o sogro, na mesma situação: "Você trabalha em quê?".

O consolo fajuto de mãe: "O que estão falando de ti só pode ser por inveja!". "Antes de mais nada, deixa eu lhe dizer que achei a sua entrevista ótima, mas..."

Algumas frases têm a mesma força maligna: "Eu vou contar até três!" ou "Quer que eu conte daquela noite em que você bebeu?".

"Não que eu ache que você é, obrigatoriamente, racista!"

Que tal esta saia justa: "Se eu te fizer uma pergunta, você me responde com sinceridade?".

"Qual das duas notícias você quer ouvir primeiro?"

Casal habituado a chamar um ao outro por um apelido carinhoso e, de repente, o uso de nome correto, podendo piorar quando se inclui a aspereza do segundo nome, uma coisa do tipo: "Maria Cristina!!!".

É possível um médico acreditar que um paciente possa se tranquilizar com esta introdução? "O senhor deve saber que a medicina tem avançado muito!"

Obrigado pela acolhida e pelo carinho reiterado das mensagens. Valeu!

J.J. CAMARGO

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