29 DE JUNHO DE 2021
+ ECONOMIA
Equatorial assume CEEE-D em julho
Ao apresentar detalhes da compra da distribuidora de energia do Amapá, ontem, o CEO da Equatorial Energia, Augusto Miranda, confirmou que a empresa privada vai assumir a CEEE-D nos próximos dias. Ao responder a pergunta da coluna na teleconferência com o mercado, Miranda afirmou que a CEEE-D "será incorporada em julho".
O último obstáculo para a transferência da gestão da empresa foi retirado com a revisão da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski em ação impetrada pelo PDT. A coluna apurou que a transferência deve ocorrer antes do leilão da CEEE-T, previsto para o dia 16.
A coluna também apurou que o processo de transição já está ocorrendo na CEEE-D. A Equatorial acompanha o dia a dia e as decisões da atual gestão para se familiarizar com os processos internos da empresa. Os preparativos finais para a mudança estão em andamento há alguns dias, mas agora foi definido o mês em que se dará a transferência.
A CEEE aparece nas apresentações da Equatorial como uma de suas agora seis distribuidoras de energia, todas privatizadas a partir de 2018. A nova controladora costuma destacar o fato de que o PIB per capita (R$ 37.371) e a renda familiar (R$ 1.842) na área de concessão da CEEE-D estão acima dos de Estados em que a companhia opera.
A compra da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) pela Equatorial surpreendeu o mercado porque a companhia, embora menor do que a CEEE-D, está em situação ainda pior. Opera sem concessão federal, está "designada". Conforme a Equatorial, a empresa de distribuição tem pendências totais de R$ 3,1 bilhões - as da CEEE-D eram de R$ 4,1 bilhões -, mas a distribuidora gaúcha é maior do que a operação em Alagoas. Mas perdão e redução de dívidas devem reduzir as pendências a R$ 828 milhões.
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