Governo busca substituta da Ceitec
Publicado quarta-feira, o edital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para a organização social que substituirá a Ceitec exige que os candidatos tenham experiência prévia e que o selecionado ofereça trabalho para, no mínimo, 50% dos atuais ocupantes do cargo de nível superior de especialista em tecnologia eletrônica avançada.
Embora a possibilidade surja durante a crise global no fornecimento de chips, que a Ceitec produzia na Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, não há consenso de que o mercado identifique uma oportunidade.
Os presidentes das associações das indústrias de máquinas e equipamentos (Abimaq), Hernane Cauduro, e do segmento eletroeletrônico (Abinee), Régis Hauber, avaliam que a tecnologia da Ceitec é "defasada".
Ricardo Reis, professor titular na área de microeletrônica da UFRGS, estranha a falta de interesse. Argumenta que a indústria de TI no Rio Grande do Sul tem perdido terreno por não conseguir competir com as empresas internacionais. E sustenta que é "ignorância" dizer que a tecnologia é obsoleta, porque um chip de elevador, por exemplo, não precisa ser de última geração.
Rede gaúcha adotará modelo circular de pontos de venda
No segundo semestre, o Brasil vai conhecer um novo modelo de Lojas Renner, mas os gaúchos já terão visto algumas novidades. A maior rede de varejo de moda do país vai inaugurar a primeira loja circular brasileira. Claro que não serão redondas. Quer dizer que tudo o que passa pelo ponto de venda é reciclado ou descartado com baixo impacto para o ambiente.
Conforme Alessandra Shargorodsky, diretora de Arquitetura, Engenharia e Expansão da Renner, que comanda o projeto, a primeira unidade vai abrir no shopping RioSul, no Rio de Janeiro. Será inspirada em testes feitos na primeira Guide Shop da rede (que combina venda física e digital), aberta em abril em Garibaldi, afirma:
- Estamos aplicando muitas soluções já testadas na loja de Garibaldi, que ficou mais leve.
Na prática, as lojas circulares não terão vitrines externas nem forro e usarão mais vidro para melhorar a luminosidade. Haverá troca de materiais empregados hoje, uso de resina reciclável em manequins e inclusão de vegetação na decoração.
- A Renner está há muito tempo no caminho da moda sustentável. Agora, vamos implantar a circularidade, baseada na análise do ciclo de vida dos materiais que usamos nas lojas. Vamos adotar os que têm consciência do impacto ambiental do processo - afirma.
A Renner estimulará que fornecedores sigam os mesmos processos, e as lojas circulares disseminarão as práticas:
- É um grande desafio. Queremos contribuir para disseminar essa cultura entre os fornecedores e parceiros, mas também entre os clientes. Vamos usar iPads e telas para tornar mais explícito o ciclo de vida de cada produto, com QR Codes que levam para nossa página de sustentabilidade e circularidade. A Renner quer ser um agente transformador. Teremos espaços contando a história dos produtos, qual sua origem, que materiais utiliza.
Além da loja do RioSul, que está sendo reformada, a Renner já tem prevista outra unidade circular, também no Rio, no primeiro semestre de 2022.
- Vamos pilotar, estressar bem o modelo, para depois levar a outras lojas.
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