Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
ELIANE CANTANHÊDE
Um na mão, dois voando
BRASÍLIA - O ano de 2009 acabou com uma crise entre a área civil e a área militar do governo. O ano de 2010 começa com uma encrenca de bom tamanho exatamente entre essas duas áreas.
São dois temas bastante diferentes, mas, vindo na mesma hora, sempre um pode contaminar o outro. Um é a questão do Plano Nacional de Direitos Humanos, o outro é a decisão sobre o melhor pacote para renovar a frota da FAB.
O plano é saudado num aspecto por todo mundo que tem bom senso: a verdade histórica tem que prevalecer, doa a quem doer, e insistir na busca dos desaparecidos até a última instância é um direito não apenas político, mas humanitário.
Mas incomoda os militares quando resvala para aquele jeitão stalinista de criar uma comissão nacional e comitês estaduais que podem jogar a opinião pública contra prédios militares e apontar o dedo para oficiais de hoje, que não têm nada a ver com aqueles do passado.
E a renovação dos caças da FAB, o chamado FX-2, que já sobrou do governo FHC, cria um impasse. A análise técnica de quem entende do assunto apontou o caça sueco em primeiro lugar, o norte-americano em segundo e o francês Rafale -preferido e virtualmente escolhido por Lula e pela área diplomática- em terceiro e último.
É uma tremenda saia justa para Lula, que está entre duas opções: ou joga o trabalho da FAB na turbina do Aerolula e anuncia o Rafale, custe o que custar (aliás, literalmente, porque é de longe o mais caro dos três); ou recua na decisão política e segue a orientação de quem entende do assunto e produziu mais de 30 mil páginas de documentos, estudos, análises.
Entre Lula, o plano de Direitos Humanos e os militares, há Jobim.
Entre Lula, os caças e os aviadores e a Embraer, também há Jobim. É ele quem tem de tourear as feras. Nos dois casos, Lula ganha tempo. O plano ficou para abril. Os caças, sabe-se lá para quando. E se.
elianec@uol.com.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário