Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sábado, 9 de janeiro de 2010
10 de janeiro de 2010 | N° 16211
MOACYR SCLIAR
Clone
Como muitos, tive meu cartão de crédito clonado. Felizmente, o Banco do Brasil foi rápido em detectar o problema e em adotar as providências (obrigado, gerente Marisa Giareta), e assim o aborrecimento durou pouco. Mas quando recebi o extrato com as despesas feitas por Mr. Clone fiquei impressionado.
O cartão foi clonado nos Estados Unidos (quem disse que escritores brasileiros não são reconhecidos no Exterior?) e o feliz beneficiário da clonagem deitou e rolou. Para começar, ele, pelo jeito, rodou de carro por toda a costa leste, enchendo o tanque em todos os postos, decerto com a melhor gasolina. Fez compras, foi a restaurantes, enfim, terminou gloriosamente o ano de 2009.
O que inspira certas reflexões. Em primeiro lugar, não deixa de ser irônico que um brasileiro tenha ajudado a economia americana. Certo, o dólar está desvalorizado, e o pessoal está viajando para lá e comprando adoidado; mas a renda per capita dos Estados Unidos continua sendo três vezes maior que a do Brasil.
Por outro lado, será que Mr. Clone se deu conta disso? Será que, ao saborear um delicioso jantar em algum dos vários restaurantes que frequentou, lembrou-se do seu generoso financiador e derramou por ele alguma lágrima de gratidão? Será que ele sabe, pelo menos, onde fica o Brasil, o Rio Grande do Sul, Porto Alegre?
No mundo em que vivemos, a vigarice se sofisticou. Agora é feita via computador, por hackers que têm um fantástico domínio da tecnologia. Que saudades da época em que se guardava o suado dinheirinho embaixo do colchão. Ninguém o clonava.
Diário de Bordo
- Agradeço as mensagens de Mauro Keiserman, Eleonora Peixoto, Maria Morales H.Dias, Themis Lopes, Francisco Bastos, Mauro Duarte, Carlos Eduardo B.Lyra, Flavio Seibt. Regina Fabricio, José Diogo Cyrillo da Silva, Claudio Ost, Vilson Carati, José Antonio dos Santos, Paulo Bergman (filho do saudoso JB, colunista da Folha da Tarde, de Porto Alegre), Gustavo Schlottfeld, José Maria Dias da Cruz, Claudio Berni, Telmo Kiguel e Laucena de Queiroz Pereira. E a todos que mandaram votos de Boas Festas, agradeço e retribuo.
- Medicina gaúcha brilhando no Exterior: a BBC, televisão pública inglesa, produziu recentemente um longo documentário acerca do trabalho do dr. Noé Zamel, pneumologista gaúcho residente em Toronto, em Tristão da Cunha. Naquela remota e isolada ilha, boa parte da população, que é aparentada entre si, tem asma, o que sugeriu ao doutor Zamel um importante trabalho acerca das origens genéticas da doença, e que ajudará muito na compreensão desse disseminado problema de saúde.
- Nomes que condicionam destinos. O dr. Paulo Nogueira Batista Jr., respeitado economista, diretor-executivo do FMI e colaborador de São Paulo, relaciona, em recente artigo, uma série de nomes que, na área da política e da economia, condicionam destinos:
Miguel Lacayo, ministro da Economia de El Salvador, que adotou o dólar como moeda oficial; Bernard Madoff, aquele da fraude finaceira, que gerou a expressão “Madoff Madness”; Jacinto Lamas, tesoureiro nacional do Partido Liberal na época do mensalão.
E poderia ter acrescentado o deputado Leonardo Prudente, de Brasília, que – prudententemente – guardava a grana da propina nas meias, introduzindo uma variante à clássica cueca. Diário de Bordo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário