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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
11 de janeiro de 2010 | N° 16212
PAULO SANT’ANA
A levitação dos veículos
Às vezes, fico pasmado com algumas incompetências do desenvolvimento tecnológico.
Um dos meus espantos é que não se tenha inventado ainda um modo de decolar e aterrissar para os aviões que se os equipare aos helicópteros, que podem fazer isso em qualquer lugar.
Não entendo por que, com tanto progresso, ainda são exigidas pistas extensas e custosas para os aviões, o que certamente ocasiona milhares de acidentes.
Se os aviões pudessem pousar, por exemplo, em qualquer lugar, diante de qualquer embaraço ou emergência, poupariam tempo precioso para salvar vidas sempre que fosse constatada qualquer avaria em seus voos.
Mas não é assim, avião só pode pousar em aeroporto, o que lhes retira uma autonomia substancial.
São construídas aeronaves moderníssimas, comerciais ou de combate, mas ninguém ainda, surpreendentemente, cogitou de fazê-las levitar no ar, como os helicópteros e os beija-flores.
O que estou dizendo é tão interessante, que deve ser esse, sem dúvida, o objetivo maior da indústria de aviões. Esse fato deve soar como um desafio aos cientistas aeronáuticos. Vendo assim, de cima da realidade, daqui a 40 ou 50 anos, quando os aviões puderem pousar ou decolar de qualquer lugar, olharemos as condições de hoje como um gigantesco atraso.
Levitar, este deve ser o sonho de qualquer avião.
Assim como voar deve ser um sonho recôndito e envergonhado da indústria automobilística, é o que me ocorre vendo esses imensos engarrafamentos de carro nas ruas das cidades e nas estradas.
A única forma de se evitarem esses engarrafamentos deveria ser os carros levantarem voo. As condições de trânsito de carros no ar seriam dificultadas. Se aqui no chão firme já acontecem acidentes, imaginem no espaço aéreo.
Só que, no dia em que os carros puderem avançar pelo ar, certamente já se terá adotado um sistema de circulação aéreo tão sofisticado que poderá, por radares, situar com segurança os veículos, dotados de radares, para não colidirem em seus trajetos.
Sinto só agora, no meio desta crônica, que minha preocupação central é o engarrafamento de carros nas cidades e nas estradas.
Leio que na Europa há alguns países que estão cobrando para os carros trafegarem. Uma taxa extra é cobrada além dos gastos de emplacamento para permitir que os carros transitem.
A finalidade, é lógico, é desestimular o trânsito e diminuir os engarrafamentos.
Isso pode ser feito na Escandinávia, na França, na Inglaterra, países dotados de modernos sistemas de metrôs e trens de superfície.
Mas e no Brasil? Quando agora terminar o verão, se derrubarão sobre Porto Alegre essas hordas de centenas de milhares de carros que voltam para o trabalho e para as aulas.
Como se fará aqui? Será que continuaremos imbecilmente submetidos a essas filas imensas de carros nas ruas e avenidas, percursos que durariam cerca de 30 minutos gastando duas, três horas, para serem percorridos?
E o pior: a consciência de que o transporte público de massa não tem lugar para os motoristas que quiserem evitar o engarrafamento e deixar seus carros nas garagens.
Assim, sem maiores reflexões, o engarrafamento passa a ser disparado o maior problema da civilização.
E maior ainda nos países menos desenvolvidos, que optaram desgraçadamente pelo transporte individual.
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