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Como se explica a aprovação do governo Leite
A mesma pesquisa Quaest que detectou queda na popularidade do presidente Lula constatou que a maioria dos governadores tem sua gestão amplamente aprovada pelos eleitores. No caso do gaúcho Eduardo Leite, a aprovação é de 62%, para uma reprovação de 33%, enquanto 3% não souberam opinar. A pesquisa foi feita entre 19 e 23 de fevereiro, com 1.104 eleitores de 16 anos ou mais, e tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Há pelo menos 10 fatores para explicar o bom desempenho de Leite. A saber:
1. Não houve nenhum grande escândalo de corrupção, o que em geral corrói a popularidade.
2. Leite está colhendo o que plantou no primeiro mandato com as reformas administrativa e previdenciária. Colocou os salários em dia, reestruturou carreiras, deu reajuste para a maioria dos professores e começou a investir.
3. Todas as semanas, há entregas no Interior. Leite faz questão de ir nessas inaugurações para marcar presença junto às comunidades.
4. O governador é um comunicador nato e expert em redes sociais. Sabe o efeito de cada palavra dita em uma entrevista ou de um post no Instagram ou no X.
5. Em tempos de radicalização, Leite manteve-se ao centro. Conversa com líderes de todos os partidos na Assembleia e, por não ter projetos mais polêmicos neste mandato, enfrenta uma oposição moderada.
6. Acertou na comunicação, que consegue mostrar o que está sendo feito em diferentes plataformas.
7. Por mais paradoxal que pareça, acabou sendo beneficiado pela enchente. Com a suspensão do pagamento da dívida por três anos, o governo tem para investir um dinheiro que não teria em situação normal.
8. A economia do RS vai bem. O ICMS cresceu acima do previsto em 2024. O PIB também.
9. Graças aos investimentos federais na recuperação do Estado e no crescimento da economia, o índice de desemprego é um dos mais baixos da série histórica.
10. Com o Plano Rio Grande, o governo mostra que tem um norte e planos de curto, médio e longo prazos. _
A Escola Municipal Antônio Giudice, no bairro Humaitá, em Porto Alegre, festejou ontem a reabertura do ginásio esportivo. A estrutura, que estava fechada desde a enchente, foi recuperada pelo Instituto Cultural Floresta.
Lula e Tarcísio deixam disputa política de lado
O presidente Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, deram demonstração de civilidade ontem, no lançamento do edital para construção do túnel submerso que ligará Santos ao Guarujá.
Mesmo vaiado pela plateia, Tarcísio lembrou de uma frase dita por Lula: "Não está na hora de ter disputa política".
O presidente brincou:
- Não estou propondo casamento para ele, nem ele está propondo para mim. O que estamos propondo é um jeito de trabalhar juntos. _
Alvorada terá 14o para professores se estudantes atingirem metas
A prefeitura de Alvorada irá pagar 14º salário para professores de escolas que atingirem metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O projeto de lei foi aprovado na Câmara na quarta-feira.
A bonificação será paga no final dos dois anos seguintes à realização da prova do Ideb. Ou seja, o resultado da prova de 2025 vai garantir o pagamento do prêmio em 2026 e 2027.
- É apostando na meritocracia que vamos conseguir valorizar ainda mais quem entrega resultados e se empenha para elevar a qualidade da educação em Alvorada - disse o prefeito Douglas Martello (PL). _
Caiado flerta com Presidência
Campeão de popularidade entre os governadores, com 86% de aprovação entre os eleitores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) se credencia como alternativa da direita em 2026, se Jair Bolsonaro continuar inelegível e se Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) optar por uma reeleição praticamente certa em São Paulo. Caiado é o que se poderia chamar de "direita raiz", com uma história de 35 anos na política sem mudar de lado.
Primeiro líder do agronegócio a se tornar conhecido nacionalmente, concorreu a presidente em 1989. Fez uma votação inexpressiva, engolido pelo fenômeno Fernando Collor.
Nesses 35 anos, a farta cabeleira ficou grisalha e ele empilhou mandatos. Foi duas vezes deputado federal, senador por oito anos e duas vezes governador de Goiás, reeleito no primeiro turno em 2022.
Aos 75 anos, está no páreo para ser candidato, mas seu partido é frágil. Para ir adiante precisaria do apoio de outras forças. De Bolsonaro, não terá. Os dois, que tiveram uma relação de altos e baixos, romperam em 2022, quando Caiado derrotou o candidato de Bolsonaro na eleição para o governo de Goiás. _
Pesquisa no RS ainda é prematura
O PDT e o PT comemoraram os resultados da pesquisa Quaest que mostra Juliana Brizola em primeiro lugar para governador em 2026, com 19%, seguida de Luciano Zucco (PL), com 15%, e de Edegar Pretto (PT), com 10%. O vice-governador Gabriel Souza (MDB) tem apenas 7%.
Sem paixão, o resultado deve ser interpretado como recall das últimas eleições. Juliana foi candidata a prefeita de Porto Alegre em 2024 e ficou em terceiro lugar. Pretto concorreu a governador em 2022 e, por pouco, não tirou Eduardo Leite do segundo turno.
Juliana não deverá ser candidata a governadora. O PDT prefere que dispute uma cadeira na Câmara dos Deputados. No partido, cogita-se o prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata. Pretto é, sim, o nome do PT.
Zucco deverá ser o candidato do PL, mas seu índice não reflete todo o potencial, já que, se concorrer, será associado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Gabriel ainda está na sombra de Leite. Se concorrer, terá o ônus e o bônus de ser o candidato da situação. A boa avaliação de Leite o favorece, mas ele não tem a mesma capacidade de comunicação do governador. _
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