quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025



13 de Fevereiro de 2025
POLÍTICA E PODER

Nova faixa do Minha Casa Minha Vida fica na promessa

Anunciada e repetida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a promessa de criar uma faixa adicional do Minha Casa Minha Vida para atender famílias cuja renda supera o teto atual do programa ainda não tem perspectiva de sair do papel. Diante disso, a compra de imóveis pelo programa segue limitada a grupos familiares cuja renda mensal é de até R$ 8 mil.

A ideia de lançar uma linha voltada à classe média aparece nos discursos presidenciais desde 2023, no primeiro ano do mandato. Desde então, Lula já mencionou publicamente pelo menos quatro vezes o desejo de estender a política a famílias que têm renda de até R$ 10 mil ou R$ 12 mil. Em 10 de abril do ano passado, chegou a prometer o lançamento para a semana seguinte, o que não ocorreu.

Desde então, o crescimento na taxa de juros tornou mais difícil a aquisição de imóveis por famílias de renda intermediária. Esse grupo social é visto como um dos elementos em disputa em 2026, quando Lula deve tentar a reeleição.

A coluna perguntou ao Ministério das Cidades se há estudos em andamento no governo sobre a nova faixa do Minha Casa Minha Vida ou se houve algum avanço nos últimos meses. A pasta não forneceu informações sobre o programa, apenas mencionou que pessoas com renda superior a R$ 8 mil mensais podem adquirir imóveis pela linha Pró-Cotista, da Caixa, que pode ser acessada por trabalhadores com contas de FGTS.

Atendimento à classe média

Para comparação, entre 2023 e 2024, o Pró-Cotista financiou 48,9 mil imóveis, enquanto no mesmo período, o Minha Casa Minha Vida teve 1,26 milhão de residências contratadas.

Em nota, o Ministério das Cidades diz que a marca de mais de 1 milhão de financiamentos "demonstra a capacidade do programa de atingir as camadas mais populares e médias da sociedade". _

Sob Pretto, Conab dobra orçamento para aquisição de alimentos

Com o nome cogitado para assumir uma pasta na reforma ministerial preparada pelo presidente Lula, Edegar Pretto está colecionando credenciais à frente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Depois de apresentar um plano para baratear alimentos que agradou a Lula, Pretto conseguiu dobrar o orçamento inicial do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), iniciativa que compra produtos da agricultura familiar para doar a pessoas vulneráveis.

A nova chamada pública do PAA será lançada na terça-feira com aporte garantido de R$ 500 milhões, um aumento de 100% frente aos R$ 250 milhões de 2023. O recurso é tratado como inicial porque, após a chamada, a destinação da verba tende a aumentar de acordo com a demanda apresentada pelos agricultores.

Ontem, Pretto aproveitou a presença de prefeitos, vices, secretários e vereadores em Brasília, para o encontro nacional de gestores municipais, e chamou um café da manhã na sede da Conab com o intuito de detalhar o programa e pedir apoio na divulgação do PAA. Mais de 300 pessoas compareceram.

Questionado sobre as pretensões ministeriais, Pretto garante que não recebeu convite e tampouco se ofereceu para qualquer cargo, e que fica na Conab até que essa seja a vontade de Lula. _

Anistia, eleições e prato feito na mesa

A discussão sobre o alívio das penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 foi o principal assunto no almoço de ontem entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS).

- Cada vez mais partidos estão entendendo que o momento é de pacificação e proporcionalidade nas penas daqueles que causaram danos ao patrimônio e anistia para aqueles que não cometeram crimes - afirma Zucco.

Entre as garfadas no prato feito composto por arroz, feijão, bife e batata frita e acompanhado por farofa e pimenta, os três também discorreram sobre as eleições de 2026.

Zucco relatou que tanto Bolsonaro quanto Tarcísio reafirmaram apoio a ele nas eleições de 2026. O deputado almeja concorrer ao Piratini, mas também avalia se lançar ao Senado:

- Ninguém é candidato de si mesmo. Estou conversando com o PP e o Republicanos para construirmos um bloco e vou deixar meu nome à disposição. O bom é que, no que for decidido, terei apoio do presidente Bolsonaro e do governador Tarcísio. _

Troca de presidente

Um conflito interno no Republicanos pode retirar o deputado Sergio Peres da presidência da Assembleia em 2026. A indicação foi chancelada pelos colegas no início da legislatura, mas pode ser revista em reunião prevista para terça-feira.

Líder da bancada, Gustavo Victorino reclama que ele e outros dois colegas - Capitão Martim e Delegado Zucco - estão sendo ignorados em discussões internas e na divisão de cargos na Casa:

- Na reunião, queremos discutir todos esses aspectos e abrir nova votação. Os cinco deputados (do partido) são candidatos.

Peres, que é vice-presidente estadual da sigla, foi procurado mas não deu retorno. _

Permuta acolhida

Foi bem recebida pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU) a proposta levada a Brasília pelo prefeito Sebastião Melo: trocar o terreno em que está instalada a estatal federal Ceitec, na Lomba do Pinheiro, pela doação definitiva da Usina do Gasômetro à prefeitura.

O chefe da SPU no Estado, Emerson Rodrigues, disse que um grupo de trabalho conjunto será criado para tratar da permuta. _

mirante

Autora da lei do Escola Sem Partido em Porto Alegre, a vereadora Fernanda Barth (PL) lamentou a suspensão da norma por liminar e disse que a esquerda quer "manter o domínio ideológico dentro das escolas".

Em Novo Hamburgo, o vereador Juliano Souto (PL) propôs a criação do Dia Municipal do Patriota em 21 de março. Não consta na justificativa, mas a data é o aniversário de Jair Bolsonaro.

POLÍTICA E PODER

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