Mudança de paradigma
Todo gestor público ou empresário deveria parar por alguns instantes para ouvir o que pensam Fabio Faccio, CEO da Lojas Renner S.A, Leandro Marin, vice-presidente do Grupo Aegea Regional Sul, Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8, e Daniel Randon, presidente da Randoncorp. Os quatro líderes empresariais, referências em seus segmentos, são algumas das mentes mais lúcidas do Estado. Transmitem, de forma didática e com exemplos práticos, o que boa parte do mundo já descobriu, mas que, no Brasil, ainda é um terreno minado: práticas ambientais podem caminhar ao lado de desenvolvimento econômico.
Durante o Painel RBS que discutiu o papel do ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) na retomada da economia do Rio Grande do Sul, que tive a honra de mediar ontem, dentro do projeto Retoma RS, eles resumiram iniciativas capazes de gerar um círculo virtuoso: suas empresas não atingiram o sucesso para depois implantar ESG. Chegaram a tal grau de excelência também por causa dessas práticas.
O Rio Grande do Sul, que viveu a maior enchente da sua história e experiencia nova estiagem, vem sendo palco dos efeitos das mudanças climáticas. Logo, tem a oportunidade de se tornar um laboratório vivo de um experimento revolucionário. O conceito "build back better" ("reconstruir melhor") não precisa se referir apenas à infraestrutura.
Pode servir para uma mudança de paradigma em relação às práticas ambientais, à maneira como nos relacionamos com a natureza. Mudar a cultura de uma empresa é um dos processos mais difíceis em gestão. As gigantes que apresentaram seus cases ontem no Painel RBS conseguiram. O RS, como um todo, também pode. _
Iniciativa do Google para pais e filhos
O Google lançou na quarta-feira novas ferramentas dentro do aplicativo Family Link - que ajuda pais ou responsáveis a gerenciar o uso de celulares pelos filhos. Um deles é o guia Tempo de Tela, que dará a opção de definir limites de períodos para o uso das crianças.
Com a nova ferramenta, pais ou responsáveis poderão definir limites diários para aplicativos, acompanhar o tempo de uso dos dispositivos e ajustar períodos programados.
- Você vai controlar o tempo de tela e colocar tempos de pausa. Vai também, por exemplo, travar o celular ou o tablet para dormir - explicou a líder de segurança e confiabilidade da Google na América Latina, Priscila Couto, em entrevista à coluna.
Além disso, a Google está lançando também as ferramentas Tempo de Inatividade e o novo Horário Escolar, chamado de School Time, que permitirão que determinados aplicativos possam ser acessados nos casos em que a escola, diante da nova lei federal que restringe celular em sala de aula, autorizar a utilização.
- Vamos supor que tem um aplicativo que tenha de ser usado na aula de história. Você dá acesso somente àquela ferramenta durante a aula - pontuou.
A última novidade é o recurso de Contatos Aprovados pelos Pais, que permite controlar com quem as crianças podem se comunicar por chamadas e mensagens. _
Holanda entrega sementes de cebola a agricultores no RS
Agricultores receberam a doação de aproximadamente 90 quilos de sementes de cebola da Embaixada do Reino dos Países Baixos. A intenção do governo holandês é auxiliar os gaúchos atingidos na enchente de maio de 2024 a retomar a produção.
A entrega ocorreu na Ilha dos Marinheiros, em Rio Grande, e cada agricultor recebeu duas variedades de sementes. A iniciativa ocorreu em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio Grande do Sul (Senar-RS). _
Brigada recebe doação de projeto para novo prédio
Alagado durante a enchente, o 1º Batalhão de Polícia Militar, no bairro Praia de Belas, em Porto Alegre, ganhará um novo prédio. Nesta semana, o Instituto Cultural Floresta (ICF) assinou a contratação dos projetos, avaliados em R$ 96 mil, que serão doados à Brigada Militar com o objetivo de agilizar a licitação para contratar a empresa responsável pelas obras.
O atual prédio do batalhão será preservado e transformado em memorial. Já o novo será construído no mesmo quarteirão. A expectativa é de que os projetos sejam concluídos até a primeira quinzena de abril. _
Entrevista - Abner de Freitas - CEO da Hopeful
"O que passamos é algo que tem de se tornar conhecimento"
A Hopeful, startup do Tecnopuc e especializada em educação em desastres, esteve recentemente no Centre for the Study of Existential Risk da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. O CEO Abner de Freitas falou à coluna.
O que é a Hopeful?
Trabalhamos preparando indivíduos e instituições para o que fazer antes, durante e depois dos desastres. Em especial, planos de contingência para governos e de negócio para empresas. A Hopeful vem preparando municípios, para que saibam o que fazer.
Como foi o evento no Reino Unido?
Cambridge é uma das quatro universidades que a Hopeful fez apresentação na Europa. Mostramos o case do Rio Grande do Sul em três universidades italianas e, agora, em uma britânica.
Como surgiu o convite?
Trabalhamos em cooperação com a Defesa Civil da Itália desde 2019. Todos os anos promovemos uma troca de conhecimento. Eles lidam com terremoto, atividade vulcânica, deslizamentos e inundações. (Estamos) Sempre conectando a instituições para fazer transferência de conhecimento. Quando o conhecimento local aprendido não é compartilhado, vemos desastres repetindo os mesmos erros.
O que foi apresentado?
Eles tinham interesse de conhecer o trabalho da Hopeful. Apresentamos as atividades, em especial de Santa Maria e Santiago. Depois, trouxemos o case da Capital como exemplo em termos de colapso. E foi apresentada uma pesquisa da Universidade Federal de Ciências da Saúde sobre o perfil epidemiológico dos desastres no país.
Qual a importância da visita?
Esse centro é uma referência global. Então, para uma startup do RS ser recebida em Cambridge e mostrar o que conseguimos fazer, é nos colocarmos dentro da principal universidade britânica. O que passamos não é algo que deva ser esquecido, é algo que tem de se tornar conhecimento, uma oportunidade de mudança. _
Nenhum comentário:
Postar um comentário