sábado, 13 de abril de 2013



13 de abril de 2013 | N° 17401
PAULO SANT’ANA

Os exploradores

Fui me vacinar ontem contra a gripe, ali defronte ao Mãe de Deus, onde quatro dias antes a minha colega Suzete tinha pago R$ 65. Cobraram-me R$ 85, sob a alegação de que a vacina que tomei faz parte de uma nova remessa. Nova remessa, novo preço.

Paguei e chiei, mas paguei. Paguei de trouxa. Vejo agora que a Associação dos Funcionários da RBS, em parceria com a Panvel, está cobrando R$ 28,50 pela aplicação da vacina.

Como eu sou trouxa! E como tem gente que espolia os trouxas como eu.

Agora, me digam uma coisa: como é que a mesma vacina custa R$ 28,50 com parceria da Panvel e R$ 85 noutro lugar? Foram R$ 85 porque tive desconto por ser da RBS, os clientes comuns estão pagando R$ 105 pela vacina.

Mas isto não é uma vergonha? Isto é roubo, isto tinha de ser fiscalizado e tinha de ir para o fundo da cadeia quem extorque assim o povo.

Como é que reajustam todos os preços sob nenhuma justificativa ou sob casualidade furada?

Meu salário não é reajustado nunca. E, em toda parte que vou, aplicam-me reajustes, alguns salgadíssimos.

Como é que funciona isso? Que dinâmica de espoliação é essa que se instala e eleva o preço de tudo sem elevar os salários?

E um integrante da Credimaster Fomento (amaston@credimasterfomento.com.br) pagou exatamente R$ 30 por duas horas e quatro minutos de estacionamento ali na Rua Furriel, esta semana.

Mas como é que não algemam o proprietário desse estacionamento? A população é indefesa aos ataques carnívoros dos insensíveis que negociam sob a capa da honestidade em todos os pontos da cidade.

Se existe Deus, esta corja vai direto para o inferno quando morrer.

Faleceu o professor Aníbal Damasceno Ferreira. Que saudade, meu querido Antônio Carlos Sena (Tutu), das madrugadas que nós três varávamos na Azenha, filosofando, trocando tiradas de humor, saboreando a cultura literária do Aníbal, que conhecia como ninguém a obra de Machado de Assis.

Tem um sambinha muito saboroso que o Cláudio Brito coloca às vezes no frontispício de seus programas.

O boêmio relata no samba que não tem culpa de gostar da madrugada e, à sua mulher, que reclama todos os dias que ele chega tarde, oferece a seguinte desculpa: “A noite é uma criança/ e eu sou o seu brinquedo/ não sou eu que chego tarde, amor/ é o sol que chega cedo”.

O médico do Grêmio, Alberto Kaemmerer, me telefona para informar à torcida gremista que está cuidando de uma infiltração intercostal no jogador Barcos, que ele estima estará tinindo para a decisão de quinta-feira no Chile.

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