12
de abril de 2013 | N° 17400
PAULO
SANT’ANA
Os truques do
Luxemburgo
Já
no jogo contra o Cerâmica, Luxemburgo deixou escapar uma frase na entrevista
coletiva: falou que Barcos “tinha muita dificuldade para respirar”, em razão de
uma cotovelada que levou numa costela na partida contra o Cruzeiro.
Anteontem,
após o jogo contra o Fluminense, Barcos disse que tem dificuldade para respirar
e atuou sob infiltração no local.
Isso
é uma irresponsabilidade. Do médico ou do treinador. Como é que põem em campo
um jogador com dificuldade na respiração?
Pior:
o Grêmio, nas últimas quatro partidas, vem de declínio em declínio, marchando
no rumo da desclassificação na Libertadores.
E
Luxemburgo só tergiversa nas entrevistas. Não diz nada que indique que ele está
tentando dar ao time uma personalidade tática.
Pior
ainda: o Grêmio vai decidir contra o Huachipato em plena decadência do time
tricolor na competição e nos jogos do Gauchão.
Ainda
muito pior: o Grêmio vai decidir sua classificação contra um time que o venceu
merecidamente em plena Arena.
E o
jogo agora é no Chile.
Mais
dramático esse jogo se torna para o Grêmio porque o Huachipato pela primeira
vez decide numa só partida, esta contra o Grêmio, sua classificação.
Tudo
indica, assim, que o Grêmio será desclassificado na próxima quinta-feira, se o
Luxemburgo não tomar urgentes e profundas medidas táticas e psicológicas para
dar ao seu time condições de empatar com os chilenos.
Além
disso, não vai ser em oito dias que o Barcos vai melhorar da dor na costela e
da deficiência respiratória (mas será que não há tratamento para uma cura
urgente, o que é que estão fazendo os médicos?). É urgente, Luxemburgo!
Preteou
o olho da gateada!
Fábio
Koff gastou os tubos para fazer esse time que o Luxemburgo vem malbaratando.
Koff tem de chamar o treinador em sua sala e exigir urgentes providências para
que o Grêmio não seja lançado no abismo esportivo e financeiro da
desclassificação.
Koff
tem de exigir de Luxemburgo não que ele vença o jogo, mas que ele depressa faça
um time desse plantel quase milionário que o treinador vem desaproveitando.
Em
todas as entrevistas coletivas, o Luxemburgo tenta enrolar os repórteres.
Aliás, eu não sei por que não são convocados para as entrevistas coletivas não
só os repórteres, mas também os comentaristas? Por quê?
O
Luxemburgo usa de mil truques para tentar enrolar os repórteres nas
entrevistas. Um deles é o seguinte: o meu grande amigo Sérgio Boaz faz uma
pergunta ao Luxemburgo e o treinador diz o seguinte: “Vem cá, Sérgio, raciocina
comigo...”.
Ao
ouvir seu nome pronunciado pelo treinador célebre, o repórter se desmancha de
orgulho e perde o rumo da carga crítica que deveria caracterizar a sua
participação na entrevista.
E
outros truques tem usado o Luxemburgo para tergiversar – insistentemente só
tergiversar – e mascarar as últimas péssimas atuações de seu time, que são da
sua exclusiva responsabilidade.
O
Luxemburgo precisa urgentemente provar aos gaúchos que não entende só de vinhos
(os seus são excelentes), mas também entende um pouco de futebol.
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