04
de abril de 2013 | N° 17392
PAULO
SANT’ANA
Morte dos
taxistas
A
opinião pública, as autoridades e os agentes policiais civis estão com a pulga
atrás da orelha: continuava até ontem, quando escrevi a presente coluna, a
intrigar o assassinato de seis motoristas de táxi em Porto Alegre e Livramento.
Nos
seis assassinatos, quase todos com tiros na nuca dos taxistas, o calibre do(s)
revólver(es) foi 22.
As
autoridades já declararam que o matador de Livramento não foi o mesmo de Porto
Alegre, embora os homicídios de lá não tenham ocorrido na mesma data dos daqui.
No
entanto, é estarrecedor que a arma que matou os três taxistas de Porto Alegre
tenha sido a mesma, ou seja, as três vítimas daqui foram mortas pelo mesmo
assassino, a perícia já assegurou isso.
Como
o mistério permanece, com um assassino em série solto pela ruas da Capital, o
leitor George Moura (ggthomas.m@gmail.com) me enviou um instigante e-mail, que
reproduzo a seguir:
“Vida
ou morte. O RS está em risco iminente, precisamos dar o alerta, vamos pensar:
1. A
jaqueta: O matador não levaria uma jaqueta de um carro para outro para deixá-la
por acaso. Deixou-a para que soubéssemos que era o mesmo atirador.
2.
Ocasião: É impossível prever com precisão que se possa tomar três táxis em
sequência com os motoristas almejados. Várias coisas podem e devem atrapalhar.
Isso não é compatível com a realidade, não pode ser execução.
3.
Coincidência ou sequência? Três assassinatos, três táxis, dois tiros na cabeça,
calibre incomum, sem digitais, vítimas aleatórias, curto período de ação, mesmo
modus operandi. Fatos.
4.
Suvenir. Um assassino com esta inteligência matando para cometer pequenos
roubos? Não, ele pegou alguns amuletos.
5.
As armas: Ponto fundamental. É óbvio que ele não viria de Livramento a PoA com
uma arma culpada de três homicídios. Mas fez questão de manter o calibre,
embora um 38 com cano de duas polegadas seja quase do mesmo tamanho, porém mais
efetivo. Está querendo dizer alguma coisa. A arma provavelmente é dispensada ou
escondida logo após as mortes.
Conclusão:
É provável que seja alguém com bom preparo físico, mas experiente, entre 25 e
45 anos, sem jeito de suspeito, da fronteira (talvez com sotaque típico), bem
apresentado, inteligente, mas reservado e que possivelmente tenha ligação com a
morte de um taxista há exatamente cinco anos (28-03-2008) na Fronteira da Paz”.
O
e-mail do leitor transcrito acima tem pontos inverossímeis, mas a maioria é
verossímil.
Esses
seis assassinatos estão provocando a competência dos delegados de polícia e
seus agentes.
A
sociedade torce para que a polícia desvende os seis homicídios, não só para que
se faça justiça, mas também e quase que principalmente para que o(s)
assassino(s) não permaneça(m) solto(s).
E
uma coisa é certa: tanto o assassino de Livramento quanto o de Porto Alegre não
vão resistir à tentação de cometer novos crimes idênticos.
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