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quarta-feira, 9 de junho de 2010
09 de junho de 2010 | N° 16361
PAULO SANT’ANA
Matar ou morrer
Está de um jeito, que as duas profissões de maior risco no RS são a de vigilante de carro-forte e banco e ladrão de carro-forte e banco.
No caso dos ladrões de carro-forte, é um risco calculado por eles próprios. No caso dos vigilantes, é hora de orarmos por suas almas.
Esse assalto de segunda-feira na rodovia Gramado-Três Coroas foi da mais extrema audácia.
Os ladrões levaram um caminhão para deter o carro-forte. E levaram também dinamite para estourar a carroçaria do carro forte.
Ante a perseguição dos dois carros dos ladrões ao carro-forte, começou o tiroteio entre bandidos e vigilantes.
Um vigilante acabou morto, atingido na perna, mas na artéria femoral. Foi fatal.
O outro vigilante acabou ferido no rosto.
No km 31, o carro-forte derrapou e saiu da estrada, levado a isso por um caminhão dos ladrões que o apertou.
Foi aí, em meio a essa fuzilaria, que surgiu uma viatura da Brigada Militar, que ficou cravejada de balas oriundas do forte armamento dos ladrões.
Imaginem os leitores o dilema dos vigilantes sendo perseguidos pelos ladrões e debaixo de intenso tiroteio. O mesmo sofreram os PMs que perseguiram os carros dos ladrões, alvos de centenas de disparos, só se salvando por milagre.
Pela manhã, também de anteontem, na Avenida Getúlio Vargas, aqui no Menino Deus, quando um carro-forte abastecia um caixa eletrônico do Supermercado Zaffari, chegaram os assaltantes.
E já chegaram atirando, causando pânico entre transeuntes e moradores da Avenida Getúlio Vargas e do arrabalde.
A ação dos assaltantes de carros-fortes e bancos é típica de guerrilha. Parece mentira que isso aconteça no nosso meio social com assiduidade, a gente não presencia esses assaltos, mas eles pertencem ao nosso cotidiano com naturalidade. Estão bem próximos de nós.
É impressionante o arrojo dos assaltantes. Eles vão para os assaltos para matar ou para morrer.
E da mesma forma é elogiável a coragem dos vigilantes de carros-fortes. Eles escolheram uma profissão fatídica, inevitavelmente serão a qualquer momento atacados.
Sem falar nos policiais, que ou são chamados a atender aos assaltos, ou circunstancialmente vão passando e são obrigados a intervir na guerrilha.
Quadrilhas são presas, mas parece que elas se multiplicam. São organizadíssimas: não se sabe como conseguem informações privilegiadas de que em dado carro-forte está sendo transportada grande quantidade de dinheiro ou em que horário o carro-forte abastecerá os bancos ou os caixas eletrônicos, mas eles estão lá, no local ou no percurso, prontos para entrar em confronto com os vigilantes ou com a polícia.
No assalto de Gramado, eram 10 os assaltantes, em dois carros.
Isso transmite a ideia de que essas quadrilhas são verdadeiras empresas criminosas, com gerência e funcionários meliantes, subordinação, preparo meticuloso das ações, que implicam roubo de carros para serem usados nos assaltos, adestramento, tiro ao alvo etc.
Tanto os assaltantes quanto os vigilantes de carros-fortes e os policiais que eventualmente participam das perseguições, todos estão preparados para matar ou para morrer.
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