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quinta-feira, 17 de junho de 2010
17 de junho de 2010 | N° 16369
PAULO SANT’ANA
700 mortos no RS!
Uma professora foi assaltada dentro da sala de aula, na Escola Ernesto Tocchetto, no Jardim Floresta, aqui em Porto Alegre.
O companheiro Humberto Trezzi, aqui de ZH, diz que nunca viu nada igual no mundo, uma professora sendo assaltada dentro de uma sala de aula.
Mas todos os recordes de ineditismo estão sendo quebrados. Já assaltaram padre na sacristia, médico no consultório, sentinela no quartel, mãe de santo no terreiro, ninguém escapa.
Vendo bem, uma escola é um lugar talhado para assaltar: lá só existem alunos desarmados, no seu interior não há policiais, a chance de escapar é enorme.
Neste caso, o menino de 15 anos, o assaltante, fez-se passar por aluno da escola, na verdade ele já tinha estudado lá, sacou de um revólver de dentro da bermuda e deu voz de assalto à professora.
Para se ter uma ideia da penúria das professoras, ela só tinha R$ 10 na sua bolsa e entregou-os ao ladrão. Que crise!
Como já tinha escrito, a Copa do Mundo anestesiou-nos de tal forma, que passou despercebido o número de mortos no trânsito gaúcho em 2010: não estamos ainda na metade do ano e já morreram mais de 700 pessoas nas ruas, avenidas e estradas do RS.
Não são pessoas doentes que morrem. Como os assassinados em geral, são pessoas saudáveis, úteis, normais.
Tudo pela imprudência dos motoristas e dos pedestres. Que não acreditam que possa acontecer com eles o pior.
Mas a verdade é que, quando se empunha um volante, tudo pode acontecer. O carro é uma arma perigosa e é também um alvo de grande risco no trânsito louco que nos envolve.
Um dos aspectos que cercam a psicologia de quem empunha o volante é que o motorista não se compenetra de que está dirigindo um bólido que em frações de segundo pode descontrolar-se ou até mesmo ser atingido por outro veículo.
Então, o motorista usa o volante como um divertimento, um prazer, sem atentar para sua responsabilidade.
Como tem dirigido já há algum tempo sem acidentes, pensa que isso vai acontecer sempre. No entanto, se se for fazer a conta, um motorista, em quatro horas de direção diária, corre cerca de 2 mil chances teóricas de se acidentar, sempre que cruza por outro veículo, sempre que ultrapassa, sempre, dependendo da sua habilidade e dependendo das habilidades dos outros.
Afinal, por que é que rico tem motorista? Pela simples razão de que se sente muito mais protegido no trânsito fora da direção do que manobrando o volante.
Só que a quase totalidade dos motoristas não entrega o volante para um motorista profissional. E o que temos então é uma multidão de motoristas amadores, despreparados para as armadilhas do nosso trânsito, verdadeiros curiosos na arte de dirigir.
Tanto que, quando uma pessoa de recursos vê a idade de seu filho se aproximar dos 18 anos, já faz a promessa de que dará um carro para ele, sem indagar se ele terá preparo para dirigir. Vai dar o carro, é decisão tomada, e dá o carro. Depois, ele que se arranje no trânsito.
São muito preocupantes estes mais de 700 mortos no trânsito gaúcho em menos de um ano.
São mais de quatro mortes por dia. Pensando bem, em todo o território gaúcho, com as centenas de estradas e milhares de ruas e avenidas sendo ocupadas por veículos com motoristas despreparados, será que não são até poucos os mortos em acidentes?
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