terça-feira, 29 de junho de 2010



29 de junho de 2010 | N° 16381
PAULO SANT’ANA


Estúpido assassinato

Como todos os leitores de Zero Hora, comovi-me com a professora que foi assaltada e estava no seu carro. Foi morta com dois tiros.

Ela simplesmente fez menção de retirar o cinto de segurança e o ladrão fuzilou-a, sem roubar nada.

Que medo podia ter esse ladrão de uma simples mulher? É evidente que mulheres não andam armadas, como pôde o ladrão desconfiar de que ela iria puxar um revólver?

Qualquer assassinato é brutal, mas este da professora revolta.

É demasiada a violência e nos leva a imaginar medidas extraordinárias para conter esta onda de criminalidade, que, se fosse só constituída de roubos com prejuízos materiais às vítimas, ainda seria tolerável.

Mas mulheres e homens sendo assassinados estupidamente por malfeitores inexperientes é fato que nos leva a uma indignação raivosa.

Nunca foi tão fácil ganhar uma Copa do Mundo.

O Chile parecia ser um desses times que o Grêmio e o Internacional enfrentam no Gauchão.

A Holanda, próximo adversário do Brasil, é melhor que o Chile, mas não é muito melhor que o Chile.

Por sinal, Holanda e Argentina ganharam as quatro partidas que jogaram até agora nesta Copa.

Já o Brasil não ganhou uma das quatro, contra Portugal.

O Brasil parece ser o favorito para o título. O time de Dunga dá a impressão de que não joga bem como seria o ideal, mas é capaz de se superar conforme as dificuldades. Ou seja, vem jogando para o gasto.

A Argentina passa uma impressão contrária: joga bem, mas parece que a qualquer tempo pode se tornar um castelo de cartas.

Já a Alemanha, esta sim, como o Brasil, parece ser um adversário com que ninguém gostaria de se defrontar.

Esta é uma sorte brasileira, sem dúvida, não ter de enfrentar nem Argentina nem Alemanha antes da finalíssima.

O caminho para o título está pavimentado para o Brasil. Qualquer pessoa dirá que o Brasil é melhor do que a Holanda e o Uruguai, os dois compromissos que o Brasil terá antes da finalíssima.

Tudo indica que o Brasil irá até a finalíssima e lá se defrontará contra o vencedor de Argentina x Alemanha.

O certo é que a seleção campeã terá a letra a no seu nome. E também se pode dizer que a seleção campeã terá as letras a e r no seu nome, levando-se em consideração que Alemanha em inglês é escrita Germany.

Interessante, dois jogadores que eram considerados sensações desta Copa, Messi e Kaká, ainda não fizeram gol.

Mas os dois não estão jogando mal.

Fiz uma experiência ontem: vim de minha casa em meio ao primeiro tempo de Brasil x Chile: eu queria saber como era o trânsito enquanto o Brasil jogava.

Parecia que Porto Alegre tinha voltado ao século retrasado, um ou outro carro na rua, levei da minha casa até ZH menos da metade do tempo que gasto quando o trânsito está engarrafado.

Isso prova que a Copa do Mundo atrai a atenção de todos, até mesmo dos que não gostam de futebol.

Ah, se o trânsito fosse sempre assim!

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