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sábado, 13 de outubro de 2007
13 de outubro de 2007
N° 15386 - Paulo Sant'ana
Duplo prejuízo
Eis como terminou a história daquele leitor de Passo Fundo que me contou os detalhes do assalto que sofreu, no qual foi levado pelos ladrões o seu carro.
Como se soube, ele não foi molestado além do susto que levou ao ver apontado para seu rosto um revólver, depois que deixou o volante do seu carro.
Decorreram dois dias de remorso por ter perdido um carro que não tinha seguro.
Mas a seguir estabeleceram-se negociações entre a vítima e os ladrões, no sentido de que, mediante pagamento, lhe fosse devolvido o carro.
Depois de diversos telefonemas entre a vítima e os ladrões, segundo me contou o leitor três dias atrás, ficou acertado que ele levaria até um determinado local da cidade um pacote contendo R$ 7 mil, que seria entregue aos ladrões, em troca da devolução do seu carro.
Mas deixemos que o próprio leitor, Rodolfo Accadrolli Neto (rodolfoan@annex.com.br), conte o desfecho:
"Por incrível que pareça, estou mais calmo. Mas o acordo com os ladrões não surtiu o efeito esperado. Chegando à rua escura para onde foi combinado o encontro, comigo sozinho, conforme exigência deles, num carro emprestado,
andei por alguns minutos bem devagar, com os vidros abertos para não dar margem a alguma possível interpretação diferente, no sentido de acharem que eu pudesse estar com alguma arma ou com um policial dentro do carro.
Em alguns minutos, avistei uma moto pelo retrovisor, talvez a mesma moto com que tenham me assaltado. Eram eles, parei o carro. Novamente na posse de uma arma, o rapaz me pediu o dinheiro. Antes, olhei para os olhos dele e perguntei onde estava o carro.
Ele me disse onde era o local. E eu repliquei: Tem certeza?. Naquele instante vi que o acordo não acabaria como o ansiado. Mas eu era o súdito e um ato de desrespeito poderia valer a minha vida.
Entreguei-lhe o dinheiro, depois fui até o local distante onde ele disse que estaria meu carro e lá não estava. Continuo sem meu carro e agora com um rombo de R$ 7 mil na minha conta bancária. Não sei ao certo o que devo fazer. Preciso dormir." Estava assinado, com o fone (54) 3313-6882.
Esse relato contém uma lição: entrega de dinheiro para reaver um bem roubado ou até mesmo como resgate de seqüestro tem de ser feita com o monitoramento da polícia. A polícia é que vai dizer se a vítima tem de ir sozinha ou não.
Assim, sozinho nas negociações com os ladrões, o leitor ficou inteiramente à mercê da esperteza deles.
Acho até que o leitor arriscou-se demais em ir sozinho e deve se dar por consolado, se a rua do local do encontro era assim escura como relata, de não terem lhe roubado o segundo carro, o emprestado.
Ter sido roubado em seu carro, como se viu, era um prejuízo tolerável ainda pelo leitor.
Mas ter pago R$ 7 mil por nada, se tivesse me avisado que seria do jeito que foi, teria aconselhado a não fazê-lo para não restar com este duplo remorso. Mas, enfim...
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