PMDB do Senado já planeja troco a
Dilma por perda de espaço no governo
A
hora da revanche Sob o comando de um indignado Renan Calheiros (AL), o PMDB do
Senado já articula meios de dar o troco em Dilma Rousseff pela redução de
espaço no segundo governo. Uma das possibilidades é ceder ao PSDB a
primeira-vice-presidência da Casa, que deverá caber aos peemedebistas, além da
presidência, por terem a maior bancada. Além disso, o partido articula a
derrubada do esperado veto de Dilma à correção de 6,5% da tabela do Imposto de
Renda, aprovada em dezembro.
Chamego
No pacote de ameaças ao governo, o PMDB também admite ceder à oposição o
comando de comissões vitais, como a CAE, de Assuntos Econômicos, ou a CCJ, de
Constituição e Justiça.
Rebaixado
Na sexta-feira, Renan disse a Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini
(Comunicações) e Pepe Vargas (Relações Institucionais) que o PMDB foi reduzido
a um “partido de secretarias”, com o comando de Portos, Aviação e Pesca.
Testemunha
O presidente do Senado também disse, diante do vice Michel Temer, que se recusa
a submeter uma lista de nomes ao crivo do Planalto para os cargos de segundo
escalão nas pastas que couberam ao PMDB.
Oferenda
Sugeriu, ironicamente, que, se o PMDB não pode preencher as vagas com “porteira
fechada”, o governo deveria oferecê-las a aliados mais prestigiados, como
Gilberto Kassab (Cidades) e Cid Gomes (Educação).
Isca
A irritação de Renan é tanta que ele brigou com Jader Barbalho (PA), aliado
histórico, que negociou por fora a minúscula pasta da Pesca para seu filho,
Helder.
Tática
A ideia de concentrar no ministério e nas secretarias do Esporte a cota do PRB
no governo federal e nas gestões estaduais que o partido apoia partiu do
presidente da sigla, Marcos Pereira, que também é bispo da Igreja Universal do
Reino de Deus.
Treino
O partido já comandava a secretaria de Esporte no Distrito Federal até 2014.
Uma das razões é a forte presença do grupo Força Jovem —que, entre outras
missões, atua na inclusão de jovens por meio de práticas esportivas— na igreja,
que detém o comando do PRB.
Degelo
Na conversa com Joe Biden no Itamaraty, Dilma disse ao vice-presidente dos EUA
que o embargo a Cuba era o “último resquício da Guerra Fria”. Afirmou que o
bloqueio “não fazia mais sentido algum” e que sua suspensão era “uma demanda de
todo o continente”.
Hora
H No Palácio do Planalto, era certa a indicação de Edinho Silva para o primeiro
escalão. Um ministro petista conta que o relatório do TSE que recomendou a
rejeição das contas da presidente barrou a nomeação do tesoureiro da campanha.
Boca
fechada A ministra Eleonora Menecucci (Mulheres) já perdeu 17 kg com a dieta Ravenna, que indicou
à presidente. José Eduardo Cardozo (Justiça) também emagreceu 5 kg com o método. “Faltam 22kg”, disse.
Xerox
A proposta de incluir trabalhadores da Cultura no Pronatec, feita pelo ministro
Juca Ferreira no dia em que foi empossado na pasta, constava do programa de
governo de Aécio Neves (PSDB).
Aspas
O plano tucano previa “ampliar o Pronatec Cultura com cursos de formação na
área da cultura, fortalecendo a ligação com a educação, englobando cursos de
profissionalização em habilidades técnicas ou artísticas”.
Rei
posto Fernando Haddad estuda convidar o vereador Nabil Bonduki (PT) para o
lugar de Ferreira na Secretaria Municipal de Cultura.
TIROTEIO
Dilma
é Dilma, ninguém se engane! Anuncia abstinência fiscal, mas tomará um porre de
gastança. Barbosa e Levy não duram um ano.
DE
MARCUS PESTANA (PSDB-MG), sobre a presidente ter desautorizado o titular do
Planejamento, que anunciou mudança na correção do salário mínimo.
CONTRAPONTO
Fora
do governo, mas na luta
Ao
chegar ao coquetel do Itamaraty após a posse de Dilma Rousseff, na quinta-feira
(1), Luiz Trabuco , presidente do Bradesco, cumprimentava convidados quando
encontrou o ministro Thomas Traumann, da Secom. Como o ministro estava cercado
por jornalistas, Trabuco se aproximou do grupo e brincou: –Thomas, se eles te
tratarem mal me chama que também sou bom de briga! Traumann gargalhou e
agradeceu a “ajuda” de Trabuco, que foi convidado pela presidente para o
Ministério da Fazenda antes de Joaquim Levy, mas recusou.
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