16
de janeiro de 2015 | N° 18044
EDITORIAL
PRIORIDADE AO SALGADO FILHO
O
que o Estado precisa assumir como objetivo imediato é a união em torno do
aeroporto já existente, para concluí-lo logo, sem prejuízo do debate sobre o
projeto de um novo complexo, num prazo maior.
Na
polêmica em torno da ampliação do Aeroporto Internacional Salgado Filho ou da
construção de outro o 20 de Setembro, em Nova Santa Rita ou Portão , é
importante deixar claro que as duas intenções não se chocam, mesmo levando em
conta a dificuldade de reunir recursos para bancar ambas, simultaneamente. No
prazo imediato, porém, a prioridade absoluta tem que ser a conclusão das obras
de modernização do aeroporto Salgado Filho, incluindo as ampliações necessárias
e o terminal de cargas.
Desde
já, é preciso trabalhar com um plano e um cronograma detalhados para levar
adiante o projeto do novo aeroporto, que é imprescindível a médio e longo
prazos. O retrospecto, porém, indica que nada vai andar se lideranças políticas
e empresariais não se unirem em torno dessa causa, vital para os usuários e
para a economia gaúcha.
Em
qualquer país, mas particularmente no Brasil, obras de infraestrutura costumam
demandar um tempo elevado tanto na fase de projeto quanto na de execução, além
de exigirem um volume considerável de recursos financeiros. Ainda assim, o maior
custo é sempre o do imobilismo, que no caso do aeroporto vem resultando mais na
construção de empecilhos do que na de saídas viáveis. O que o Estado precisa
assumir como objetivo imediato é a união em torno do aeroporto já existente,
para concluí-lo logo, sem prejuízo do debate sobre o projeto de um novo
complexo, num prazo maior.
O
inadmissível é que a situa- ção se mantenha como hoje, quando a maior parte da
produção exportável das empresas estabelecidas no Estado precisa se deslocar
via rodoviária para o centro do país e, de lá, voar para o destino final. O
inaceitável seria fazer com que usuá- rios da Capital, por exemplo, precisassem
se deslocar dezenas de quilômetros para chegar ao aeroporto. A perspectiva
incomoda ainda mais com a banalização dos congestionamentos de trânsito e com a
precariedade das rodovias e do sistema de transporte público.
O
preocupante é que, até agora, são tantas as divergências entre representantes
das diferentes instâncias da federação, que a situação beira o impasse. O que o
Estado precisa é de união de propósitos para concluir seus complexos
aeroviários, além de dar continuidade aos planos relacionados a aeroportos
regionais.
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