Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
domingo, 5 de setembro de 2010
5 de setembro de 2010 | N° 16449
PAULO SANT’ANA
Pegadinhas
As relações que tenho com os garçons são, na maioria das vezes, cordiais.
Aconteceu-me, no entanto, outro dia num café da Rua Florêncio Ygartua um fato interessante.
Sentei-me com um amigo à espera do garçom para pedir dois cafezinhos. Era intenso o movimento no estabelecimento.
Foi se passando o tempo e o garçom não vinha atender-nos. Já eram 15 minutos de espera na mesa, e nada do garçom.
Até que, no 18º minuto, chegou o garçom atrasado. Achei um desaforo e resolvi o seguinte, dirigindo-me a ele: “Acontece o seguinte, faz 18 minutos que estamos esperando que o senhor nos traga o troco”.
Por incrível que pareça, o garçom caiu na pegadinha e trouxe o troco.
Mas não é mesmo repleto de travessuras o cotidiano?
Sobre pegadinhas com os garçons, nunca me esqueço do dia em que me sentei num banco de uma lancheria no Rio de Janeiro e resolvi fazer uma brincadeira com o garçom.
Os cariocas têm a fama de serem os maiores gozadores do Brasil.
Vai daí que fiz o pedido ao garçom: “O senhor me traga um sanduíche de carne de elefante, por favor”.
O garçom saiu correndo no rumo da cozinha. Eu fiquei esperando o resultado da brincadeira.
Dali a 10 minutos, o garçom veio comunicar-me: “Infelizmente, senhor, não foi possível fazer o sanduíche de carne de elefante porque faltou pão”.
Sempre fui interessado por Direito Penal. Aguçou-me sempre o intelecto a ciência de responsabilização dos agentes criminosos pelo inquérito, depois pelo processo.
E sempre me apiedei dos julgadores, ou juízes ou jurados, que são obrigados a decidir sobre a liberdade dos réus, não podendo falhar nessa tarefa delicadíssima.
Eis que esses dias, modéstia à parte, ainda preocupado com o espinhoso mister dos que têm de julgar os réus como culpados ou inocentes, construí um pensamento que pode vir a modificar o método de julgar acusados de crime: “Não é necessário ter a certeza completa da culpabilidade de um réu para condená-lo, basta apenas não ter qualquer dúvida sobre a sua não inocência”.
Os entendidos em Direito Penal e os perspicazes em geral vão distinguir bem essa diferença.
Não é difícil falar sobre este Paixão Côrtes que foi eleito na última semana o novo patrono da Feira do Livro de Porto Alegre.
Há poucas pessoas que possuem a aura de Paixão Côrtes, a gente lida com ele como se fosse uma lenda, como se não mais existisse.
Mas ele é uma teimosa e sublime lenda viva.
Aquele seu bigode de piaçava, seu jeito bonachão de amigo para todas as horas, a voz grave de sonoridade solene; enfim, toda a sua personalidade se junta à autoridade do pesquisador e do folclorista, além de ter sido o fundador, junto com outros poucos companheiros, do movimento nativista gaúcho.
Ele é a única pessoa em nosso meio que é personagem estatuária viva, foi modelo da estátua do Laçador.
Isto é o que ele é, achei finalmente a palavra para defini-lo: um modelo.
Modelo para tantas e tantas gerações, passadas, presentes e futuras
Um lindo domingo para vc e uma gostosa semana.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário