Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sábado, 25 de setembro de 2010
25 de setembro de 2010 | N° 16469
PAULO SANT’ANA
O decote
O rapaz era amigo da moça. Só amigo, nunca pensaram em se enamorar um pelo outro.
É possível, sim, um homem ser amigo de uma mulher sem ter romance com ela. E vice-versa.
Pois bem, eram amigos. Só que secretamente o rapaz desejava a moça. E, quando soube que ela iria colocar silicone nos seios, fez-lhe um desesperado e louco pedido, denotador do seu apetite sexual:
– Te peço, querida, que logo que te recuperes da tua mamoplastia (aumento) me permitas que eu olhe por inteiro o resultado da cirurgia.
A moça olhou para o rapaz, sorriu e foi respondendo: “Nem pensar. Estou fazendo esta cirurgia para agradar aos meus olhos e aos meus sentidos, talvez aos olhos e aos sentidos de um só homem, aquele por quem porventura eu venha a me apaixonar e se apaixone por mim também.
Já pensou se eu fosse mostrar meus seios operados a todos os meus amigos? Não haveria diferença se eu fosse para a esquina mostrar meus seios novos a todos os transeuntes”.
O rapaz quase foi a nocaute, mas tentou uma tímida recuperação:
– Está bem, entendo teu argumento, mas te faço um último e desesperado apelo: que depois da cirurgia tu passes a usar um decote de tua blusa ou vestido, nos seios, de modo que eu possa enxergar pelo menos 30% deles.
A moça concordou imediatamente, até mesmo porque o eixo do seu objetivo ao se submeter à cirurgia era o de mostrar publicamente o resultado parcial pela exibição no decote.
Não pode continuar assim: o Rio Grande do Sul era o primeiro lugar no Brasil em doação de órgãos e passou agora, de repente, a ser o sexto colocado no país.
Temos de revirar esta conta, imediatamente.
E para isso vamos arregaçar as mangas, caso da VIAVIDA, a Via Pró Doações e Transplantes de Órgãos e Tecidos, que realiza ações que visam a homenagear doadores anônimos que, num gesto de desprendimento e amor ao próximo, num momento de profunda dor pela perda de um ente querido, doam seus órgãos.
Segunda-feira próxima, dia 27 de setembro, comemora-se o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Será realizada uma missa na Catedral Metropolitana às 18h30min. No Complexo Santa Casa, Hospital Dom Vicente Scherer, ficará em exposição, durante toda a semana, de 27 de setembro a 4 de outubro, uma mostra fotográfica de transplantados que retornaram às suas atividades normais depois de um transplante.
Convida-se a todos que compareçam.
Situação geral dos transplantes no Rio Grande do Sul: pessoas em lista de espera: 3,1 mil; média de espera por um órgão: quatro anos.
A VIAVIDA continua dando apoio a pessoas em lista de espera e transplantados em sua Pousada da Solidariedade, que abriga pacientes carentes que não habitam Porto Alegre. Além disso, atua nas mais diversas áreas, com ações que levem o RS a recuperar lugar de destaque no país.
O telefone é (51)3333-4519.
E essas informações todas me foram passadas pela diretora Maria Elisabet Burin e a voluntária Elisabeth Gomes, mulher do ortopedista João Ellera Gomes.
Esta coluna é sempre uma trincheira de apoio à doação de órgãos.
Vamos salvar vidas, gente!
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