Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
14 de setembro de 2010 | N° 16458
LIBERATO VIEIRA DA CUNHA
O prazer de escrever
Não é incomum que, conversando com amigos ou simples conhecidos, eles me perguntem quando sairá meu próximo livro.
“Não tenho a menor ideia” – digo sempre. E isso por várias razões. A primeira delas é porque enfeixar minhas vivências e minha imaginação entre duas capas nunca foi meu único projeto de vida. Crio personagens e irrealidades pelo prazer de dar-lhes tom e forma, jamais de levá-los ao grande público. Me basta a alegria de moldá-los para meu prazer.
Mas existe um segundo motivo. Quando compões uma figura – digamos a figura de uma bela e sedutora mulher –, estás tão preocupado em descrevê-la, quanto em fazer que o público também a ame. E aí comprometes um pouco de tua independência como artista, já que estás voltado a repartir teus sentimentos, a ceder às inclinações de teus leitores.
E há uma terceira ideia – dentre muitas outras – que te aconselha a refletir mais na tua criação do no que possam pensar sobre ela as pessoas que percorrem tuas páginas. O ato de escrever é um jogo lúdico em si mesmo. Ele começa com uma letra maiúscula e se esgota num ponto final. Fora disso, é um desafio a tua vaidade, um chamamento e teu ego, um desafio a tua fantasia.
Já publiquei 10 livros – fora as participações em múltiplas antologias e naqueles construídos em colaboração. Vários deles tiveram mais do que duas edições, outros foram premiados e um registrou 21 mil exemplares impressos. Outro ponteou a lista dos mais vendidos na Feira do primeiro ao último dia, apesar de suas 608 páginas.
Meu último romance, O Homem que Colecionava Manhãs, lançado por uma editora do Rio, a Objetiva, colecionou boas vendas e excelentes críticas, em especial uma consagradora, de Luiz Antônio de Assis Brasil, sem falar no tributo de Wilson Martins em O Globo.
E depois disso? Bom, depois é o infinito. Tenho uma coletânea de crônicas de 2002 para cá que me requerem há séculos uma ordem unida, para hospedá-las em um ou dois volumes. Tenho um novo romance, O Inventor da Eternidade, que pede pequenos retoques, embora há muito aceito por uma editora também do Rio.
É pouco? É muito? Não sei. Mas nada disso me faz renunciar ao prazer de escrever.
Uma ótima terça-feira para você. Aproveite o dia.
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