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sábado, 5 de junho de 2010
06 de junho de 2010 | N° 16358
MOACYR SCLIAR
Sim, o Dia dos Namorados. Mas, e o Dia dos Casados?
A emergência do amor romântico, na Idade Média, consagrou a data que é celebrada mediante troca de presentes
Existe um Dia dos Namorados, que é objeto de muitas celebrações (e motivo para comprar muitos presentes), mas não existe um Dia dos Casados. Não é, digamos desde logo, a única lacuna, ou a única assimetria, nas celebrações de nosso calendário.
Assim, existe um Dia da Mulher, mas não existe um Dia do Homem; existe um Dia da Criança mas não existe um Dia do Adulto. Nesses dois casos, porém, há uma explicação: ao homenagearmos as mulheres e as crianças estamos, de certa forma, oferecendo alguma compensação, uma espécie de indenização emocional a grupos historicamente mais desamparados, menos poderosos.
Seria esta a mesma lógica que levou à instituição de um Dia dos Namorados e excluiu um possível Dia dos Casados? Será que tacitamente acreditamos que os casados não precisam celebrar, ou, diriam os mais maldosos, não têm o que celebrar?
Talvez. Mas vamos pensar um pouco acerca de como é vista a data em outras culturas. Nos Estados Unidos, o Dia dos Namorados não é o 12 de junho, mas sim o 14 de fevereiro: o Saint Valentine’s Day, ou simplesmente Valentine’s Day.
Valentim era o nome de vários mártires cristãos ao tempo do império romano, mas aquele que é mais frequentemente associado à data é um padre que viveu no tempo de Cláudio II, no terceiro século da era cristã. Este imperador baixou um decreto proibindo o casamento.
Estava em busca de soldados para seu exército e partia do princípio (talvez justificado) que homens casados não dariam lutadores suficientemente sanguinários. Valentim, contudo, não cumpriu esse decreto e secretamente realizava cerimônias de casamento. Foi preso e interrogado pelo próprio Claudio, II que tentou convencê-lo a mudar de ideia. O sacerdote, por sua vez, quis converter o imperador. Resultado: foi condenado à morte.
Antes de ser executado, realizou um milagre, devolvendo a visão à filha cega do carcereiro. O dia de São Valentim foi consagrado pelo Papa Gelasius I no final do quinto século. Ao mesmo tempo, extinguia-se uma tradicional comemoração romana, a Lupercália, que era um rito de fertilidade, ocorrendo exatamente entre 13 e 15 de fevereiro; rito este que, extinto, foi de alguma maneira incorporado ao Dia de São Valentim.
A emergência do amor romântico, no final da Idade Média, consagrou a data que desde então é celebrada mediante troca de presentes, de flores, e de artísticas mensagens decoradas com a figura de um Cupido com asas e que são conhecidas como “valentines”.
Voltando à nossa constatação inicial, para os casados não há tal celebração. Claro, alguém poderia dizer que cada casal celebra o aniversário de casamento, sem falar nas bodas de prata, de ouro, disso, daquilo. Mas acho que existe aí uma sutil mensagem, da qual muita gente se dá conta. E a mensagem é a seguinte: o ideal é que casamento e namoro sejam uma coisa só.
O ideal é que marido e mulher continuem se olhando com o mesmo encanto do começo da relação. O ideal é que todo dia seja Dia dos Namorados (o que não significa ir ao shopping todos os dias para comprar presentes).
O ideal é manter, se não uma paixão abrasadora, pelo menos aquela terna e confiável afeição, aquela cumplicidade que está atrás de todo o matrimônio. Acho que Valentim concordaria com isso. E essa seria a visão que ele devolveria aos casados.
Agradeço as amáveis mensagens de Clailton K.Ferreira, Orlando M.F., Rafael V.Granella, Edson Oliver, Igor Santos, Duilio Severino, Arthur Golgo Lucas, Maria Zanchi, Antonio Dantur Keppes, Weliton Carvalho.
Dois nomes que condicionam destinos. O Secretário da Presidência da Bolívia, que constestou asperamente as acusações do candidato José Serra (para quem o presidente boliviano está envolvido no contrabando de cocaína), chama-se – adivinhem? – Mario Coca.
E a “chef” de La Vie en Douce, confetaria de São Paulo, é a Carole Crema. O Mauro Duarte me mandou (há tempos; desculpa, Mauro) o nome de uma delegada que se chama Sabina Defende. É, convenhamos, o sobrenome que toda a polícia deveria usar.
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