Entrelacos

13 de fevereiro de 2010 | N° 16245
ANTONIO AUGUSTO FAGUNDES

Cavalgada até o fim do mundo

Quando vocês estiverem lendo esta coluna, os Cavaleiros da Paz já terão iniciado a Cavalgada do Fim do Mundo, mais uma façanha da Tribo do Pé no Estribo, grupo de cavaleiros tradicionalistas que eu comando há 20 anos. Já fizemos poucas e boas cavalgando por todo o Rio Grande, pelo Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Bolívia e até Portugal.

Muitos companheiros dos primeiros momentos já se foram. Mas outros novos cavaleiros se juntam aos teimosos veteranos e preenchem galhardamente os claros das fileiras.

Os Cavaleiros da Paz são os seguintes: Antonio Augusto Fagundes (comandante), Rodi Pedro Borghetti (subcomandante), José Roberto Diniz de Moraes, Elton Saldanha, José Antonio Bastos de Castro (o Toco), Alencar Feijó, Régis Corrêa Bruck e Aquiles José Pes, todos esses veteranos, e mais os novatos Helder Ricardo Rocha de Menezes Júnior, Ismael Geraldo Acunha Solé, Natal Antonio Marques Seadi, Eduardo Kessler Fleck, Maurício Junqueira, Antonio Brocker Junqueira, João Osório Marques Ribeiro, Pedro Floriano Oliveira Magalhães, Caé Braga e Fabian Fortes.

Desta vez, há também as Cavaleiras da Paz, pioneiras no nosso grupo: Ana Lucia Piagetti, minha companheira, e Fátima Bruck, mulher do nosso querido “Coveiro”. Também farão parte da excursão Carla Mosmann, Elaine Lima, Maria Cristina Petrucci Solé, Jussara de Oliveira Seadi, Denise Brocker Junqueira, Valentina Brocker Junqueira, Renata Werthein, João Antonio Pires Porto e Eduardo Rocha, que vai documentar a cavalgada.

Quinta-feira saímos para Buenos Aires, e na sexta já deveríamos estar em El Calafate, no sul da Argentina. Amanhã ainda deveremos estar cavalgando em El Calafate, cuja volta vamos encerrar dia 15.

No dia 16, terça de Carnaval, vamos fazer um passeio até o famoso glacial Perito Moreno, que é uma atração turística internacional. Dia 17 nós vamos de avião até Ushuaia.

Lá vamos passear de catamarã para ver os golfinhos. No dia 19, vamos cavalgar no Parque Nacional Fim do Mundo. Dia 20 regressamos de avião para Buenos Aires e, dia 21, a indiada estará de volta a Porto Alegre, menos os que quiserem espichar o passeio na capital argentina.

Em outras oportunidades, nós, os Cavaleiros da Paz, já recortamos o mapa argentino, mas nunca como agora, quando chegamos ao que é conhecido como o fim do mundo. O frio deve ser brabo, mas o churrasco de “cordeiro patagônico” e o capitoso vinho de Mendoza certamente não nos vão faltar.

Vamos para um mundo meio desolado e frio, mas não inóspito. O povo argentino sempre nos recebeu calorosamente. Em todos esses 20 anos nunca houve um incidente sequer. E agora nós queremos voltar de lá e dizer que mais forte que o frio da Patagônia é o calor da amizade que nos une ao povo argentino.