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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
15 de fevereiro de 2010 | N° 16247
PAULO SANT’ANA
Um chope pra distrair
O calor é amigo do chope. É impossível viver-se com temperatura superior a 30 graus sem tomar um chope.
E eu imagino o que devem estar faturando por aqui as cervejarias com este calor escaldante que está fazendo.
Porque este calor está nos equiparando ao Rio de Janeiro. A cidade do Rio de Janeiro já tem praia. Porto Alegre por exemplo, que não tem praia de mar, vê seus habitantes sairem correndo para o Litoral.
Tanto que em fevereiros passados o trânsito em Porto Alegre tinha muito mais carros do que tem neste fevereiro que estamos vivendo.
Ontem, lógico que também por causa dos feriados de Carnaval, a cidade ficou vazia, tenho a impressão de que só eu fiquei por aqui, a debandada foi geral.
Seguidamente vejo pessoas se indagando se gostam mais do verão ou do inverno. Pelo que noto, os que adoram o verão o fazem para fugir dele para as praias. Interessante, gostam de uma estação para fugir dela.
Voltando ao chope, fulcro desta coluna, em São Paulo cada habitante consome 68 litros de chope por ano. No Rio de Janeiro, quase dobra o consumo, os cariocas bebem 105 litros de chope por ano, por pessoa.
No Rio de Janeiro, aquela cidade fantástica, tudo que é prazer é mais exagerado. Bebem mais chope que os paulistas, comem feijoada mais que nos outros Estados brasileiros, não há restaurante carioca que não venda feijoada durante o ano inteiro.
Com tanta feijoada sendo assim devorada, é lógico que o consumo de chope no Rio tem de ser o recordista.
Quem mais bebe chope e cerveja no mundo são os alemães, seguidos dos austríacos e holandeses.
Mas eu duvido que bebam mais que os cariocas, pelo simples fato de que o calor impera no Rio de Janeiro durante todo o ano, enquanto a Europa é um dos continentes do frio.
Só que os alemães gostam tanto de chope que eles o bebem até mesmo quando o inverno está rigoroso. Essa é a diferença entre eles e nós.
Já li que a cerveja é a bebida mais consumida em todo o mundo. Será que ela é mais consumida que a Coca-Cola?
O fato é que o chope tem um poder refrescante extraordinário, parece que em um minuto todo o corpo fica inundado por um frescor incomparável, a impressão que se tem é que todas as artérias são dominadas pelas propriedades refrescantes do chope gelado.
Não há bar em que se vá, no Litoral, nas cidades, em que não seja dominante nas mesas o chope bem gelado.
O famoso boteco Bracarense, no Rio de Janeiro, Leblon, lendário pelo seu bolinho de bacalhau, vende 16 mil litros de chope por mês, não há quem sente em suas mesas e não peça chope, é um sacrilégio solicitar um refrigerante, quem o fizer está sujeito a uma vaia.
O Belmonte, no Flamengo, um boteco de apenas 100 metros quadrados de extensão, não fica atrás, vende 15 mil litros de chope por mês. O chope é uma religião no Rio de Janeiro.
E com este calor de 40 graus que nos ronda aqui no Sul equiparamo-nos ao Rio de Janeiro em consumo de chope. Só por estes dias, mas nunca se bebeu tanto chope no Rio Grande do Sul, em toda a história, como neste verão.
E como sou filho de Deus e tenho os meus direitos, termino esta coluna ansioso por sair correndo daqui e ir tomar o meu chopinho, que não é meu hábito, mas com este clima passou a ser meu dever.
Chope com bolinho de batata.
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