01
de abril de 2013 | N° 17389
EDITORIAIS
Crimes
desconcertantes
A
execução de três taxistas em Porto Alegre na madrugada de sábado, apenas dois
dias depois da ocorrência de episódio semelhante em Santana do Livramento,
assombra a população gaúcha, aterroriza a categoria profissional das vítimas e
impõe à Polícia o inadiável desafio de tirar de circulação os assassinos – ou,
como se suspeita nos casos da Capital, o assassino.
A
constatação de que as três mortes de sábado foram causadas por tiros saídos da
mesma arma amplia o foco das investigações, pois a suspeita inicial de
latrocínio, que chegou a ser levantada pelos investigadores, pode derivar para
vingança, acerto de contas ou mesmo para a existência de um serial killer
fixado em taxistas.
Em
qualquer hipótese, os crimes precisam ser elucidados logo para reduzir a tensão
e, evidentemente, também para que se faça justiça. Ao mesmo tempo, é impositivo
que os órgãos de segurança atendam ao clamor dos motoristas de táxi por
operações policiais mais frequentes e mais objetivas.
Como
admitiu o próprio governador Tarso Genro em encontro com lideranças da categoria
profissional, as blitze promovidas pela Brigada Militar têm falhas que precisam
ser corrigidas, entre as quais a da questão da revista dos passageiros. Ora,
não pode haver dúvida de que tanto os condutores quanto as pessoas que estão
sendo transportadas têm o mesmo dever de se submeter à inspeção policial.
Além
disso, outros instrumentos de proteção precisam ser implementados, tais como
equipamentos de vigilância e sistemas de comunicação. Taxistas e frentistas de
postos de gasolina, por operarem com dinheiro vivo, são alvos frequentes de
criminosos.
Não
passa dia sem que se registre assalto contra esses profissionais. Merecem,
portanto, não apenas uma atenção maior do poder público, mas também uma
estrutura de trabalho que não os deixe tão vulneráveis à criminalidade.
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