Leite condena polarização e busca projeção nacional
No momento em que tenta se firmar como líder nacional, o governador Eduardo Leite defendeu ontem que o PSDB olhe para o centro e fuja da polarização e da radicalização em busca de relevância pelo diálogo. Ao se colocar como alternativa na disputa entre lulistas e bolsonaristas, disse que o partido precisa buscar suas origens e se apoiar na valorização da política e no respeito às diferenças.
Em um evento promovido para discutir a reestruturação do PSDB, que perdeu espaço nas últimas eleições, Leite defendeu um resgate do caminho que teve o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como referência.
Para isso, anunciou a retomada do tucano como símbolo. O desenho da ave brasileira é relevante na imagem, mas também nos valores da sigla, segundo ele.
Presidente nacional do PSDB, Leite se dividiu entre críticas moderadas ao presidente Lula e ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Condenou, por exemplo, subsídios concedidos pelo atual governo. Em oposição a Bolsonaro, disse que não se pode falar em "exterminar a oposição" e que a defesa da democracia não pode ser relativizada:
- A radicalização machucou o Brasil e os brasileiros. E machucou o PSDB também. O PSDB da origem precisa ser resgatado no momento em que o país mais precisa. Nossa energia não pode estar canalizada para lutar contra.
As bandeiras apresentadas no evento repetiram linhas já adotadas em outros momentos, como a combinação entre desenvolvimento econômico e políticas sociais, o combate ao crime e o respeito aos direitos humanos.
Embora sem menções diretas a uma futura candidatura à Presidência, Leite recebeu apoio dos principais nomes da sigla para liderar o projeto político do PSDB em 2026.
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