segunda-feira, 7 de agosto de 2023


 
07 DE AGOSTO DE 2023
INFORME ESPECIAL

Dança digital nos painéis do mundo

Com um trabalho inovador, que mistura a linguagem da dança com técnicas de animação em 3D, o artista gaúcho Diego Mac vem rompendo fronteiras geográficas e culturais. Depois de levar sua obra digital para mais de 30 eventos ao redor do mundo, com painéis e projeções em países como Bélgica (foto), Estados Unidos, Canadá, Itália, Japão e Alemanha, Mac se prepara para mais cinco festivais internacionais até o fim do ano - de San Diego, nos EUA, a Bogotá, na Colômbia.

Doutorando em Artes Cênicas na UFRGS, o porto-alegrense conquistou o Prêmio Açorianos de Dança em 2022 como personalidade do ano por suas pesquisas e criações disruptivas. Desde então, produziu mais de 40 peças de dança virtual, uma nova forma de expressão que anda atraindo atenções.

O renascimento da Biblioteca Pública

Há uma transformação em curso no Centro Histórico de Porto Alegre, dessas que transcendem o que os olhos veem. Se é possível dizer que edificações podem ganhar vida (como a velha casa de Mario Quintana, que estalava e sussurrava à noite), o prédio centenário da Rua Riachuelo respira outra vez.

Ali está a Biblioteca Pública do Estado, que no último sábado literalmente "parou o trânsito" e se abriu à população, como se gritasse:

- Largue esse maldito celular e venha aqui me ver!

Eu fui. Diante do prédio histórico, vi bancas de livros, música ao vivo, carrinhos com comida e bebida, contação de histórias e - o mais importante - gente interessada, gente feliz.

Esse é o papel de um lugar que resguarda 240 mil obras literárias (inclusive algumas raridades) e que, por anos, ficou esquecido dos gaúchos.

A nova fase teve início com a reforma da fachada, finalizada em 2022, e prosseguiu com um delicado trabalho de restauro das paredes internas - tudo com recursos do governo do Estado e da valente e incansável associação de amigos da instituição.

Pasme: no passado, alguém achou por bem cobrir os murais pintados por um artista alemão em 1920, aplicando uma tinta em tom cadavérico. Desde 2022, os afrescos escondidos brotam das paredes renovadas e continuam sendo revelados dia após dia, como se o edifício também renascesse.

Sob os cuidados da Secretaria da Cultura, o prédio recebeu de volta, restaurados e em perfeitas condições, quadros e poltronas que haviam sido levados ao Palácio Piratini. E há mais novidades por vir.

Ana Maria de Souza, diretora da biblioteca, e Benhur Bortolotto, à frente do Departamento de Livro, Leitura e Literatura do Estado, têm planos, inclusive, de abrir um café no local. Por que não? Serei a primeira a pedir um cremoso capuccino, depois, é claro, de escolher um livro para levar para casa.

JULIANA BUBLITZ

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