Concessões e PPPs serão "prioritárias" em novo PAC
O novo PAC tem uma cifra embalada por marketing de R$ 1,7 trilhão. Mas o ministro da Casa Civil, Rui Costa, fez uma frase poderosa no lançamento do programa:
- Concessões e PPPs (parcerias público-privadas) serão a opção prioritária para que sobrem recursos da União para os projetos que não têm viabilidade nesse formato.
Apesar da sinalização sobre o peso do setor privado, ainda havia dúvidas, diante de declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Costa deu uma ótima notícia aos empreendedores:
- O programa será dinâmico. Vamos estudar cada projeto que se mostre consistente, capaz de gerar emprego ou melhorar a logística do país. O papel do Estado é de planejamento e gestão, de facilitador dos agentes econômicos para que possam alavancar investimentos.
Todo discurso sem prática é estéril, mas esse é ao menos promissor, e poderá ser cobrado ao longo dos próximos anos. No capítulo das promessas, a lista de obras no Estado cumpre com sobras as feitas pelo ministro das Comunicações, Paulo Pimenta: há não apenas quatro, mas seis projetos de hidrovias, que contemplam os principais planos gaúchos no segmento e sete municípios: Bom Retiro do Sul, Cachoeira do Sul, General Câmara, Rio Pardo, Pelotas, Rio Grande e Santa Vitória do Palmar. Alguns deles, com mais de uma obra. O projeto de dragagem e sinalização da Lagoa Mirim, acompanhado com interesse pelo Uruguai, está lá.
A vistosa embalagem tem excesso de enfeites: junta recursos ordinários do orçamento e o plano anual de investimentos da Petrobras, que seriam realizados com ou sem solenidade. Além disso, a maior parte dos R$ 1,7 trilhão terão de vir da iniciativa privada. Por um lado, reduz a inquietação com o futuro da dívida pública, e por outro é "fazer cortesia com chapéu alheio".
A capacidade de financiamento e implementação vai determinar o valor do novo PAC, sob a prova da vida real.
1,8 mil imigrantes empregados no RS
Uma das maiores companhias de alimentos do mundo e entre as maiores empregadoras do Brasil - 145 mil funcionários -, a JBS já contratou 1,8 mil imigrantes em 10 cidades gaúchas: Canoas, Caxias do Sul, Garibaldi, Montenegro, Nova Santa Rita, Passo Fundo, Roca Sales, Seberi, Três Passos e Trindade do Sul. Em todo o país, são 6,8 mil. O número corresponde a 10% dos 18 mil funcionários da empresa em 22 cidades do Estado. Fernando Meller, diretor-executivo de gente e gestão da JBS, afirma que a companhia valoriza e estimula a diversidade de origens, idiomas e culturas das equipes.
O estímulo à construção de equipes com diversidade levou a empresa a participar da Operação Acolhida, iniciativa do governo federal para apoiar imigrantes que chegam ao Brasil. A JBS mantém um centro de recrutamento e seleção permanente em Boa Vista (RR), e parcerias com organizações que ajudam os contratados a desenvolver as competências necessárias. Também há cuidado com a adaptação das famílias, ajudando a obter moradia e facilitando o acesso ao ensino do idioma quando necessário.
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