Palavra contra palavra Não dá para levar a sério
Com duas CPIs criadas para investigar a mesma coisa - as suspeitas de irregularidades na Secretaria Municipal de Educação -, o vereador Moisés Barboza (PSDB) propôs a instalação de uma terceira.
Ainda que o tom seja de provocação ao presidente da Câmara, Hamilton Sossmeier, com o pretexto de que é preciso unificar os trabalhos, o movimento é mais um para atrapalhar a necessária investigação. A base do governo também usa o argumento da economicidade para propor a unificação das duas CPIs, mas não demonstra vontade genuína de investigar.
Somente no dia 23 de agosto será conhecido o resultado do recálculo dos votos para definir quem substituirá o vereador cassado Alexandre Bobadra (PL) na Câmara de Porto Alegre.
Com o objetivo de facilitar a vida do motorista, o deputado Gustavo Victorino (Republicanos) enviou à Assembleia um projeto que propõe unificar as cobranças do IPVA e do licenciamento de veículo. A ideia é que as datas de cobranças sejam as mesmas, em um único documento.
Com recursos da Secretaria da Saúde, o Hospital de Montenegro vai retomar os atendimentos de média complexidade de traumato-ortopedia.
Você compraria um carro usado de Walter Delgatti Netto, o hacker? Provavelmente não, mesmo com a documentação em dia e os pneus originais. Porque ele não inspira confiança e se comporta como alguém que é capaz de tudo por dinheiro ou algum tipo de poder.
Dito isso, é preciso prestar atenção ao que disse Delgatti ontem, ao participar da CPI que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro, e esperar que apresente alguma prova, sem o que seu depoimento não terá qualquer valor.
Delgatti detalhou uma história que, a ser verdadeira, compromete - mais do que já está - o ex-presidente Jair Bolsonaro, a deputada Carla Zambelli, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-ministro da Defesa Paulo Sergio Nogueira e uma série de personagens secundários.
O que disse na CPI não havia sido dito em depoimento à Polícia Federal e, por isso, o hacker será reconvocado.
Disse Delgatti que foi orientado por Bolsonaro, quando ainda era presidente, a manipular as urnas eletrônicas e assumir a autoria de um suposto grampo contra o ministro Alexandre de Moraes (com a promessa de indulto presidencial). Relembrando, o hacker teria sido contratado por Zambelli por ter no currículo a invasão de telefones que lhe deu acesso a conversas entre Sergio Moro e procuradores da Lava-Jato, episódio conhecido como Vaza-Jato.
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