31/12/2013
e 01/01/2014 | N° 17660
PAMPA
DO SILÍCIO
Programa busca atrair startups para
o Estado
Governo
e iniciativa privada unem esforços para criar ambiente favorável a empresas
inovadoras.
Seguindo
os passos de Minas Gerais e Rio de Janeiro, o governo gaúcho com apoio de
empresários locais, planeja lançar um programa para atrair empresas de
tecnologia para Porto Alegre. A ideia é criar um ambiente que seja referência
em inovação, semelhante ao que ocorreu no Vale do Silício (EUA), berço de
empresas que nasceram nanicas, mas que hoje são colossais, como Google e Apple.
O
valor para tirar o projeto do papel ainda é incerto, mas deve ficar perto de R$
20 milhões, cifra modesta se comparada com o faturamento de qualquer gigante da
internet.
A
iniciativa vem na esteira do programa Startup Brasil, criado no início de 2013.
Ao dar dinheiro para as empresas de tecnologia iniciantes, mas não definir um
local para que se estabelecessem, o governo federal acabou criando uma
competição entre os Estados, que agora tentam oferecer benefícios extras para
atrair bons negócios.
A
aposta é que, ao colocar empreendedores de diferentes regiões em contato diário
– seja em um mesmo bairro ou prédio –, haja aumento no volume de negócios e
seja criado um ambiente de inovação que possa ser referência no continente. A
partir daí, outras startups viriam de forma espontânea. Até agora, isso ainda
não ocorreu no país.
Além
de evitar que boas ideias migrem para outras regiões, a proposta do programa
gaúcho, cuja data de lançamento ainda está indefinida, é conquistar empresas de
outros países, como já acontece em Israel e Chile.
Cleber
Prodanov, secretário estadual da Ciência, Inovação e Desenvolvimento
Tecnológico, diz que, em janeiro, serão realizadas as primeiras reuniões para
definir o financiamento do programa, mas adianta que a ideia não é tornar o
governo protagonista:
– Já
recebi ligações de empresários interessados em participar. Trabalharemos para
atrair mais investidores.
Diego
Remus, sócio da Startupi, empresa com sede em São Paulo e que promove interação
entre inovadores e investidores potenciais, vê com entusiasmo a iniciativa, mas
lembra que inovação não se dá por decreto.
– O
empresariado precisa entrar de cabeça. Outro ponto determinante para o sucesso
é a escolha de bons mentores. Só funciona se tiver gente boa ajudando gente boa
– afirma.
cadu.caldas@zerohora.com.br
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