quarta-feira, 18 de dezembro de 2013


18 de dezembro de 2013 | N° 17648
PAULO SANT’ANA

Virada de ano testamentária

Está chegando o fim do ano. É o momento de eu dirigir aos meus leitores os meus votos de felicidade completa neste Natal e no ano novo. Quero também desejar a todos os que são meus amigos os meus votos de felicidades.

E também quero desejar muita ventura para os meus inimigos e para os que supõem que são meus inimigos (os que não sabem que os perdoei).

Aliás, sobre meus raros inimigos, quero dizer o seguinte: desejo Feliz Natal e próspero ano novo aos meus melhores amigos e aos meus piores inimigos.

Desejo igualmente feliz Natal e próspero ano novo, é lógico, às pessoas que amo, a todos, principalmente a meus filhos.

Só que para ser amplo e irrestrito desejo também muitas e plenas felicidades às pessoas que odeio, se é que pode caber ódio neste meu sereno e manso coração.

Desejo com absoluta sinceridade agradecida um notável Natal e um destacado ano novo a todas as pessoas que neste 2013 me prestaram favores e atenções, entre eles muitos médicos a quem sou profundamente grato do fundo de meu coração.

E no raso do meu coração presto também minhas homenagens aos que inúmeras vezes foram gentis comigo, tanto com gestos quanto com palavras.

E aos leitores que porventura eu tenha magoado ou molestado, peço minhas natalinas desculpas.

Mando daqui meu caloroso abraço aos meus patrões, o mesmo faço com minha empregada doméstica, Maria Edelvira Oliveira Rodrigues, que me tem sido tão atenciosa, mais do que talvez eu mereça.

Não posso me esquecer de nenhuma forma de prestar desagravo às pessoas que critiquei, lembrando apenas a elas que é meu dever de ofício criticar.

Feliz ano novo a todos os que de alguma forma me auxiliaram, direta e indiretamente, a fazer esta coluna em 2013, alguns deles trabalham aqui nesta sala em que mourejo. Sem eles, esta coluna teria saído torta e desajeitada.

E, finalmente, quero desejar feliz Natal e próspero ano novo a todas as pessoas que porventura eu não tenha citado nesta coluna no ano que está passando. Quanta e quanta gente mereceria que eu a tivesse citado com elogios!

Ah, ia me esquecendo, às centenas de pessoas que, sabendo ou não sabendo, cozinharam para mim em 2013: foi com certeza o ano em que saboreei as melhores comidas de minha vida.


Cozinheiros e cozinheiras, assadores, vocês são o sal da minha terra!

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