Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
sábado, 7 de abril de 2012
07 de abril de 2012 | N° 17032
PAULO SANT’ANA
Um apoio maciço
Nunca houve nada igual. Portentoso. Falo do volume de correspondências que recebi depois que escrevi a coluna sobre os crucifixos nos recintos judiciais.
Centenas e centenas de pessoas, quase um milhar, batendo todos os recordes de minha coluna em 40 anos de existência, me passaram e-mails se solidarizando com minha manifestação contra a retirada dos crucifixos nos pretórios.
Uma enchente de apoios e de amparos a minha tese.
Todos, unanimemente, contrários à extinção dos crucifixos. É possível que haja o componente da cristandade nessas manifestações.
Mas a impressão que tive em muitos e-mails é de que os missivistas não se importariam que as imagens coladas nas paredes fossem representativas de Maomé ou de Confúcio, ou de Gandhi, o que queriam é que uma imagem do bem não fosse assim enxotada dos tribunais.
Trago aqui dentro de uma sacola que carrego por todas as partes as manifestações de apoio, caudal jamais visto em qualquer coluna que eu tenha escrito entre as 16 mil desses últimos 40 anos.
Não foram aplausos fúteis os que recebi, eram abraços de conteúdo.
Todas as mensagens respeitavam as posições dos ateus, dos evangélicos, de todas as crenças e de todas as religiões. E declaravam que de nenhuma forma, como minha coluna estabeleceu, os crucifixos afrontavam as outras crenças e até que de maneira nenhuma quem não fosse cristão podia acusar de parcialidade a Justiça que adotou os crucifixos tradicionalmente.
Obrigado a esse maço enorme de leitores que escreveram. Porque eu vacilei muito em escrever aquela coluna. Mas, quando entrei na polêmica, entrei rachando com meus argumentos sólidos e, modéstia à parte, irrefutáveis.
Esses apoios soam bem a um colunista que muitas vezes vacila em discernir se sua opinião será ou não acatada pelo público. Nunca tive e acho que nunca terei uma opinião que tenha sido ou venha a ser tão acatada.
É muito forte o apelo da cruz. Transcende no meu sentir todas as religiões, a cruz é amor, portanto é eterna e não paira acima de diferentes posições religiosas ou teológicas.
Obrigado, gente, pelo conforto que me deram.
Obrigado.
Eu sei que um dos círculos do Inferno de Dante é a emergência do Hospital Conceição.
Ali, os pacientes se amontoam como bichos, implorando por pelo menos um colchão para se deitarem. E gente por todo o lado, gemendo e chorando ou sofrendo silenciosamente. Lugar em que cabem 80 pessoas e são depositadas 200.
Eu sei o que sofrem porque me mandam dizer muitos dos que penam na emergência do Hospital Conceição.
Agora, vou dizer uma coisa que vão considerar absurda: as pessoas reclamam da emergência do Conceição porque aquele hospital mantém uma tradição: não recusa pacientes.
Passam mal os pacientes, mas lá não são recusados.
É um crime o que os governantes fazem com nossa vida hospitalar. A corrupção, como se viu no Fantástico esses dias, pertence ao metabolismo dos hospitais públicos.
Mas concito o Conceição a lutar contra esta calamidade e continuar a não recusar os pacientes.
E volto meu pensamento para os funcionários do Conceição, que vivem também um inferno no seu local de trabalho.
Quando é que vai acabar a vergonheira do atendimento de saúde neste país?
Quando? Pelo amor de Deus...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário