25
de abril de 2012 | N° 17050
REDE
TRANSPARENTE
TCE cria mapa de dados
municipais
Novo
site divulga e compara informações dos 496 municípios nas áreas de educação, saúde,
finanças públicas e economia
Você
sabe se o seu município investe o mínimo exigido por lei em saúde e educação?
Tem ideia da média de habitantes por leitos hospitalares? Está informado sobre
os gastos da prefeitura com a folha de pagamento?
Se a
resposta for não, fique atento: a partir de agora, todos esses detalhes – e
muitos outros – estão disponíveis em um mapa de indicadores no site do Tribunal
de Contas do Estado (TCE). Para acessar, basta um clique.
Apresentada
ontem, a novidade é mais um passo para a consolidação da Lei de Acesso à Informação
Pública, que entra em vigor no dia 16, em todo o país. A norma determina que os
órgãos municipais, estaduais e federais, tanto quanto as ONGs mantidas com
dinheiro governamental, adotem a transparência como mantra.
A
intenção do TCE, ao lançar a nova ferramenta, é acelerar o processo de abertura
e instigar a população a fazer a sua parte na fiscalização da gestão pública. Até
então, estatísticas sobre saúde, educação, orçamento e finanças estavam
espalhadas na rede. Nem sempre de forma acessível.
Comunidade
deve cobrar gestores, diz presidente
– Queremos
ajudar a comunidade a conhecer a fundo a realidade do seu município para que
possa cobrar dos gestores a melhoria da administração e dos serviços oferecidos
– diz o presidente do TCE, Cezar Miola.
Para
facilitar a visualização dos dados, os técnicos do tribunal optaram por um
software de mapas interativos. Mesmo que o usuário seja avesso à internet e
desconheça seus recursos, a linguagem é simples e direta, e o uso de cores
facilita a leitura dos resultados. Basta escolher o tema e pronto. Se quiser
comparar municípios diferentes, é só arrastar o mouse.
– Nos
inspiramos em um trabalho do tribunal do Mato Grosso. Percebemos que a
ferramenta tinha um potencial enorme de controle social – conta o diretor de
Controle e Fiscalização do TCE, Victor Hofmeister.
Lá,
a iniciativa acabou ficando para trás e não está mais no ar. Por aqui, o plano é
seguir atualizando o programa para que não perca a validade.
– O
software está preparado para receber mais indicadores. É o que pretendemos
fazer a partir de agora – assegura o auditor público externo Paulo Eduardo
Panassol.
juliana.bublitz@zerohora.com.br
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