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terça-feira, 17 de abril de 2012
17 de abril de 2012 | N° 17042
Economia Zh
PESO INDESEJADO - Fórum aponta obesidade do Estado
No encontro, que discutiu o Brasil dentro de 25 anos, Roger Agnelli e André Johannpeter deram receitas para 2037
O encontro que se propõe debater como será o Brasil daqui a 25 anos começou ontem, na Capital, apresentando um diagnóstico nada alentador da situação atual. Um dos alertas do 25º Fórum da Liberdade é de que o país tem o desafio de tirar 16 milhões de pessoas da miséria.
Autoridades compareceram à abertura do evento, promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE), mas o governador Tarso Genro não foi nem mandou representante.
Presidente do IEE, Ricardo Gomes lamentou a ausência de Tarso Genro, especialmente num momento em que o Estado vem perdendo influência na economia nacional. Citou que a participação gaúcha no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil despencou na última década. Os dados nacionais também não são animadores. Foram criticados “o gigantismo e a obesidade” do Estado, que já abocanha 36% do PIB com a carga tributária.
Outra reclamação unânime, no fórum, foi a corrupção, apesar dos elogios a Dilma Rousseff por afastar ministros envolvidos em irregularidades. Destacou-se que o Brasil está em 73º lugar no mundo em percepção da corrupção, o que resulta em perdas de R$ 82 bilhões por ano. Ostenta a sexta economia do mundo, mas é o 84º no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
O primeiro painel do Fórum da Liberdade ocorreu ontem à noite, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Roger Agnelli, economista e ex-dirigente de empresas como Bradesco e Vale, ressaltou que o país deve promover a liberdade de expressão, de criar e de empreender. Para daqui 25 anos, gostaria que todo jovem com menos de 30 anos estivesse formado em universidade.
André Gerdau Johannpeter, presidente do Grupo Gerdau, observou que um desafio é planejar a longo prazo. Disse que a meta é mais difícil no setor público, talvez pela necessidade de se trocar os governos a cada mandato. Mas demonstrou confiança no futuro, depois de o país ter superado inflação, ditadura, planos econômicos:
– Queremos um país melhor em 25 anos. Não podemos aceitar que estará pior. Que a educação seja prioridade, que não sejamos campeões em juros nem em carga tributária. Queremos um país com menos burocracia e com infraestrutura que funcione.
nilson.mariano@zerohora.com.br
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