sexta-feira, 6 de abril de 2012



06 de abril de 2012 | N° 17031
EDITORIAIS


O custo da lentidão

O balanço das ações governamentais na área de infraestrutura consideradas prioritárias para o Estado confirma a resistência de um apego exagerado à lentidão por parte do setor público. Essa deformação cultural ajuda a entender o abismo existente entre a expectativa dos gaúchos pela conclusão de obras consideradas inadiáveis para melhorar a qualidade de vida no dia a dia.

Entre elas, estão o metrô da Capital, a Rodovia do Parque, a duplicação de trecho da BR-386 e a nova ponte do Guaíba, que, pela sua relevância, requerem maior atenção.

As razões alegadas pelo poder público para o atraso, que só servem para frustrar e irritar ainda mais os cidadãos, vão desde a burocracia e a demora no cumprimento de prazos das diferentes etapas de cada projeto até divergências entre as três instâncias da federação. O setor público, em âmbito municipal, estadual ou federal, precisa ser cobrado a se mostrar mais competente na elaboração de projetos de infraestrutura com celeridade e eficiência.

Além de darem mais atenção ao tempo de execução, os governantes deveriam se preparar melhor para prestar contas permanentemente sobre o andamento de obras custeadas com dinheiro público. As informações precisam incluir as eventuais razões para o descumprimento de prazos em diferentes etapas de seu planejamento ou execução.

Da mesma forma, é importante que a sociedade possa se organizar, assegurando meios de acompanhamento permanente e com o mínimo de dificuldade pelo menos de empreendimentos incluídos entre os prioritários pela população.

Atrasos crônicos como o que o Estado presencia não têm como ser tolerados, pela frustração que geram e pelo custo que impõem para os contribuintes.

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