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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
01 de fevereiro de 2012 | N° 16966
ARTIGOS - Eliezer Pacheco*
Educação profissional e tecnológica
Estamos concluindo um ciclo vitorioso de seis anos à frente da educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação (MEC). Foi um período de imensas transformações. Construímos a maior rede do país desta modalidade de ensino, passando de 140 para 403 campi. Até 2014, serão 554.
Além disso, reformamos toda a legislação e criamos uma instituição nova, inovadora e revolucionária, os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Uma instituição atuando com um itinerário formativo, da formação inicial à pós-graduação, é algo revolucionário e sem similar no mundo. O Brasil cessa de copiar modelos estrangeiros e cria seu próprio modelo de uma educação democrática, inclusiva, de qualidade, comprometida com o mundo do trabalho e com a inclusão.
Também iniciamos a reconstrução das redes estaduais de educação profissional, investindo nelas R$ 1,8 bilhão. A educação profissional a distância terá este ano 600 polos espalhados por todos os Estados. Enquadramos o Sistema “S” no sistema federal de ensino e o convencemos a retomar progressivamente a gratuidade de seus cursos.
Ocorreram, ainda, enormes avanços na democratização do acesso e na democratização interna da rede federal – eleição direta, uninominal e paritária para reitores, eleição para diretores de campus, autonomia financeira e pedagógica destes. Tivemos grande preocupação com a inclusão social, com adoção de cotas, assistência e moradia estudantil e programas voltados para os mais excluídos como Mulheres Mil, Pronatec, Proeja, Rede de Certificação Profissional, cursos para pescadores etc.
Foi um período extremamente fértil, possibilitado pela existência de um projeto democrático e popular liderado inicialmente por Lula e agora por Dilma. Sobre as bases construídas por Tarso Genro e Fernando Haddad, certamente, os novos dirigentes do MEC, liderados por Aloizio Mercadante, terão condições de elevar a educação brasileira a um novo patamar.
Avaliamos ter cumprido uma etapa, tendo chegado a hora de novos desafios e a necessidade de possibilitarmos que novos dirigentes tragam seu entusiasmo e novas ideias para continuarmos transformando o Brasil. A possibilidade de ajudarmos a transformar a educação brasileira foi um privilégio inigualável que carregaremos pelo resto da vida.
*Secretário de Educação Profissional do MEC
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