quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012



09 de fevereiro de 2012 | N° 16974
ARTIGOS


O Rio Grande precisa reagir!

Falo como dirigente esportista e como deputado, interessado e responsável pela defesa de temas que importam a todo o Rio Grande.

Muito mais do que uma iniciativa ligada a um clube, o conjunto da Arena do Grêmio significa o maior empreendimento dos últimos anos no Estado, depois dos investimentos que estão sendo feitos no Porto de Rio Grande. Sejam quais forem as motivações para ser contrário a esse projeto, nunca podemos perder de vista sua grande importância.

Com a Arena, o Bairro Humaitá, historicamente esquecido, será revitalizado. Haverá geração de empregos e renda, pois esse empreendimento contará com shopping, restaurantes, bares, centro de convenções e serviços de hotelaria que funcionarão todos os dias da semana, atraindo pessoas e movimentando a vida em todas as suas instâncias.

Quem pode ser contra isso? Nós, homens públicos, a despeito de nossas convicções, precisamos saber onde estão as oportunidades de melhoras coletivas, estejam elas nos movimentos comunitários, estejam nos grandes empreendimentos.

Neste momento, o Rio Grande precisa de todos nós, pois está a perigo. Os investimentos do poder público para a Copa do Mundo estão atrasados.

Em relação à Arena, se as verbas necessárias para as obras viárias no seu entorno não chegarem até março, elas não ficarão prontas no momento da inauguração do estádio.

Além disso, corremos o risco de não recebermos a Copa. Por quê? Porque nos falta mobilização política. E, o que é pior, sobra má vontade e oposição inconsequente. Sobra, sempre, essa luta fratricida que nos consome as energias. O governador Jaques Wagner arregimentou o esforço político e popular e conseguiu incluir a Bahia na Copa das Confederações.

E nós, os gaúchos? O que estamos fazendo?

A perda da Copa das Confederações, em 2013, trará imenso prejuízo econômico para todo o Estado. Precisamos tentar reverter essa decisão. E se o Inter não conseguir resolver seus problemas em relação ao estádio? Temos plano B ou atiramos a toalha? Quem paga, depois, o preço dessa omissão? Afinal, queremos protagonismo ou atraso para o Rio Grande?

Por que não nos mobilizamos nesse momento e fazemos a diferença? Agora! Uma grande mobilização que exija respeito e atitude do governo federal.

Não vamos deixar que a história do caranguejo, daquele que sempre puxa para baixo, se torne a narrativa símbolo do espírito gaúcho. É hora de dizer: caranguejos? Não!

Sejamos decisivos nessa luta! E que sirvam nossas façanhas de reconciliação para nós mesmos.

*Presidente do Grêmio e deputado estadual (PPS) - PAULO ODONE*

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