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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
23 de fevereiro de 2012 | N° 16988
ARTIGOS - Jocelin Azambuja*
Educação, uma bomba-relógio
Estamos iniciando mais um ano letivo. Pais e estudantes entusiasmados, pensando no futuro, nas boas perspectivas que a educação pode trazer para o futuro de todos. Mas, ao pensar nele e verem as notícias, todos ficam mais temerosos, pensando, mas que futuro?
As notícias que circulam são as mais preocupantes: o governo federal fez cortes no orçamento, reduzindo ainda mais as poucas verbas da educação. O mesmo governo criou um piso nacional de salários para os professores, que merecem ter o dobro do piso, mas não deu a fonte de recursos para os governos municipais e estaduais pagá-los.
Os dados fornecidos, tanto pelo MEC quanto por ONGs e Organismos Internacionais, mostram que a cada ano a qualidade da educação brasileira decai. O Brasil não avança no IDH porque ocupa os último lugares em educação entre as nações mundiais.
A educação que tínhamos com qualidade há 50 anos hoje é simplesmente uma lembrança do passado. Os empregos que exigem qualificação no país não são preenchidos, porque faltam pessoas qualificadas para ocupá-los. O país não consegue avançar mais por falta de educação de seu povo. O investimento em educação do país, que deveria ser de 11% a 12% do PIB, não chega a 5%.
Os professores, que nas décadas passadas eram vistos com orgulho pelo povo, hoje são vistos como coitados, que ganham salários miseráveis, que foram engolidos por políticas públicas erradas, com honrosas exceções em um ou outro município.
Sabemos que o salário não é a única causa do fracasso da educação, mas, quando vemos concursos oferecendo salários iniciais de R$ 10 mil para um médico, R$ 15 mil para um juiz, promotor ou defensor público, R$ 7 mil para um engenheiro, ou R$ 5 mil para um técnico em informática, e por aí segue (todos são justos), para um professor oferecem de R$ 600 a R$ 1.050 para aquele que formará o futuro cidadão, que lhe dará educação, que o transformará num ser qualificado para ascender nos mais altos cargos.
Sinto vergonha, como cidadão, de ver oferecerem salários tão aviltantes, ao mesmo tempo que se veem os pais dizerem aos filhos: Deus me livre ter um filho professor(a)!!! Lembram quando esta escolha era um orgulho para uma família. Como me orgulho de ter uma filha professora!
Enquanto a sociedade brasileira não se posicionar efetivamente em defesa da educação, que não pertence aos partidos políticos que a gerenciam a cada quatro anos, mas sim ao povo, a qualidade a cada dia diminuirá e o futuro dessas gerações e do país estará comprometido, pois não conheço uma nação que não tenha priorizado a educação de seu povo e se tornado uma grande nação.
Vivemos uma ilusão, se não desarmarmos esta bomba-relógio, ali adiante ela vai explodir e com ela o nosso futuro como povo e país. Não há economia que sobreviva com um povo sem educação. Você vai deixar explodir essa bomba ou vai reagir?
*Advogado, conselheiro da ACPM-Federação
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