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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
29 de fevereiro de 2012 | N° 16994
ARTIGOS - Joaquim Clotet*
Novos horizontes
O início do ano letivo é, geralmente, motivo de esperança e de otimismo. Vislumbram-se novos horizontes. Alunos, professores e famílias ajustam suas agendas. A vida retorna à sua normalidade, incorporando as imprescindíveis mudanças.
Neste contexto, a inovação é a trilha do acerto e do sucesso, quer no plano individual, quer no profissional. Inovar é percorrer o caminho do bom êxito explorando ou projetando metas desafiadoras. Executar sem mudar pode ser expressão de burocracia e de rotina.
O elã pelo progresso é próprio das pessoas e das instituições. No que se refere aos indivíduos, por exemplo, a decisão dos jovens estudantes Bill Hewlett e David Packard de transformar sua garagem em laboratório foi a origem de uma grande e bem-sucedida organização de TI.
O recentemente falecido Steve Jobs deixou como legado para sua empresa um novo campus, centro de pesquisa e de inovação, de sete hectares, no Vale do Silício. A idade, neste tema, não faz diferença. Lorin Maazel, violinista e compositor, aos seus 80 anos, 75 dedicados à música, é maestro regente da Orquestra de Paris e, proximamente, o será da Orquestra Filarmônica de Munique. No que diz respeito às instituições, não há grande diferença.
A Universidade de Harvard, quase no seu início, introduziu cursos profissionalizantes nos seus programas, o que era incomum na época e no país, obtendo mais tarde reconhecimento universal. Mario Monti, primeiro-ministro da Itália, e até recentemente professor e reitor da Universidade Luigi Bocconi de Milão, destacada nas áreas de economia, gestão e finanças, desafia os jovens para a busca, a escolha e o exercício de mais de uma profissão.
O Brasil, por meio do seu Programa Ciência sem Fronteiras – elogiável iniciativa da Presidência da República e dos ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação –, reconhecido e apoiado internacionalmente, abre inúmeras possibilidades de aquisição de relevantes experiências internacionais e de capacitação altamente qualificada à juventude do nosso país.
Pode-se afirmar que os jovens graduados brasileiros são reconhecidos como bons profissionais da medicina, da odontologia, da enfermagem, da engenharia e da comunicação, entre outras profissões, em países como Reino Unido, Suécia, Finlândia, Estados Unidos, Canadá e outros.
O momento histórico brasileiro, no contexto mundial, mostra-se extremamente favorável à formação de estudantes na perspectiva de amplos horizontes que oportunizem experiências criativas, diversificadas e inovadoras. Acresce-se a tais fatores a necessidade de uma educação orientada por sólidos princípios morais e religiosos, quer dizer, de uma formação integral. Assim sendo, abrem-se grandes, auspiciosas e desafiadoras oportunidades aos futuros profissionais de nosso país.
*REITOR DA PUCRS
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