Aqui voces encontrarão muitas figuras construídas em Fireworks, Flash MX, Swift 3D e outros aplicativos. Encontrarão, também, muitas crônicas de jornais diários, como as do Veríssimo, Martha Medeiros, Paulo Coelho, e de revistas semanais, como as da Veja, Isto É e Época. Espero que ele seja útil a você de alguma maneira, pois esta é uma das razões fundamentais dele existir.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
09 de fevereiro de 2012 | N° 16974
L. F. VERISSIMO
Até setembro
Não chore por Tom Brady. O time dele perdeu a grande final do campeonato de futebol americano no domingo e ele foi abalroado algumas vezes durante o jogo por cruzadores inimigos e deve estar com o corpo todo dolorido.
Mas só precisará voltar a trabalhar em setembro, que é quando recomeça a temporada de futebol deles, e até lá terá tempo de sobra para se recuperar no regaço da Gisele Bündchen, um dos dois ou três melhores regaços do mundo. E ganhando em dólar o tempo todo.
Cada período do ano tem seus esportes nos Estados Unidos. Na primavera começará a temporada de beisebol, que dura todo o verão. (O beisebol, como se sabe, é aquele esporte em que as pessoas passam mais tempo ajustando o boné do que jogando.) No inverno tem o basquete e o hóquei. E o outono é para o “football”, cuja temporada, curta, é esticada com uma série de semifinais eliminatórias que tem sua apoteose no milionário “Super Bowl”.
Não se sabe o que fazem os jogadores de futebol americano no resto do ano, quando não é outono, descontada a alta periculosidade do esporte – apesar de eles jogarem encasulados em proteção como jogam – não existe profissão melhor do que a de um bom jogador de futebol americano. Um mês de trabalho, um ano de salário garantido.
O que eu mais invejo no Tom Brady é o tempo livre. Está bem, primeiro o regaço da Gisele e depois o tempo livre. De agora até setembro chegar, ele pode fazer o que quiser.
Pode cultivar orquídeas, viajar pelo mundo ou passar o dia tomando cerveja na frente da TV. Se fosse inclinado à leitura, por exemplo, poderia se dedicar à obra de Charles Dickens, cujo bicentenário se comemora este ano. Dickens foi o escritor mais popular do seu tempo e tinha fama comparável à de um herói do esporte nos Estados Unidos também.
Contam que multidões iam ao cais de Nova York esperar os navios que chegavam com jornais da Inglaterra para ler o último capítulo do folhetim do Dickens. Até setembro chegar, Brady poderia ler todo o Dickens e ainda sobraria tempo para a Gisele.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário