sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Notícia da edição impressa de 05/08/2016. Alterada em 04/08 às 17h39min

Antônio Chimango faz cem anos

Antônio Chimango - Poemeto Campestre, de Amaro Juvenal

Antônio Chimango - Poemeto Campestre, de Amaro Juvenal 


DIVULGAÇÃO/JC
Antônio Chimango - Poemeto Campestre, de Amaro Juvenal (Editora Belas Letras, 238 páginas, com apoio do Ministério da Cultura e Banrisul), no ano de seu primeiro centenário de vida, ganhou uma nova, bela e diferenciada edição encadernada, editada e apresentada pelo professor e escritor Luís Augusto Fischer.
Um dos maiores clássicos da literatura gaúcha, escrito pelo político, escritor, jornalista e médico Ramiro Barcellos, com o uso do pseudônimo Amaro Juvenal, cruza seu primeiro século com muitas edições, muitos estudos e obras a respeito e com adaptação musical por Martin Coplas. O poemeto também foi adaptado para apresentação pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e apresentado, em forma de opereta, no Theatro São Pedro, com música de Arthur Barbosa e libreto de Alpheu Godinho.
Considerada a poesia mais conhecida e popular do Rio Grande do Sul, em vista de seu conteúdo político e histórico impactante, de sua forma literária primorosa, da importância de seu autor, dos fatos e personagens históricos que a envolvem, Antônio Chimango, nesta edição anotada, seguida de ensaios clássicos de Raymundo Faoro, de Augusto Meyer e novas abordagens por Fausto J.L. Domingues, José Francisco Botelho e Michel Thierry Le Grand, mostrará aos leitores que já conhecem a obra e aos que conhecerão, fotos e ilustrações de outras edições e detalhado histórico do poemeto.
Elaborado entre 1910 e 1915, em razão de uma briga política contra seu primo Antônio Augusto Borges de Medeiros (1863-1961), então presidente do estado e ali retratado como Antonio Chimango, o poemeto tomou tamanho, rumo e imortalidade que, por certo, Ramiro Barcellos nunca imaginou. Fosse apenas um forte panfleto político, talvez a história fosse outra. A questão é que a complexa personalidade de Barcellos dialogou com a literatura, a política, a história, e deu excelência literária ao poema, que fica ainda mais valorizado com essa cuidadosa edição do professor Fischer, elaborada com base em extensas pesquisas e com o apoio de especialistas em obras deste porte.
Juntamente com esta edição histórica, foi lançado Antônio Chimango - Poemas, crônicas, discursos e polêmicas de Ramiro Barcellos - Volume 2 (Belas Letras, Banrisul e Ministério da Cultura, 262 páginas) que reúne, pela primeira vez em livro, os textos de exuberante verve satírica de Barcellos, com estudos de Sérgio da Costa Franco, Gunter Axt e Luís Augusto Fischer. Os textos permitem, sem dúvida, ver o brilho da personalidade multifacetada de Ramiro Barcellos e conhecer um quadro altamente significativo da história, da política, da gestão pública e da economia de nosso País cem anos atrás.
Estão de parabéns o Ministério da Cultura, o Banrisul, o professor Fischer e os demais colaboradores da obra.

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